terça-feira, 19 de janeiro de 2021

DO CAOS OU DA MENTIRA

Alguém me explique como, em Outubro, o Governo garantiu, via comunicado do SNS, que havia “17.700 para assistência à pandemia”, mas depois há um outro documento do SNS que refere que afinal são só 2.120 camas para doentes-covid (ver imagens), e entretanto o sistema entra em ruptura a partir das 3.500 camas. Estamos agora com 5.165 internados, e está tudo caótico e em cenário de guerra.
O Governo mentiu em relação às camas? Pensou que bastava fazer compras no IKEA e não era necessário pessoal médico? Ou andamos aqui a brincar com a vida das pessoas e num passa-culpas?
E como é possível ter gastado em testes infindáveis milhões em vez de reforçar as UCI ao longo do ano, onde parece estar o maior défice? 
[cada cama UCI custa entre 50 mil e 150 mil euros a ser implementada, equivalente ao que se gasta a fazer entre 1.000 e 3.000 testes PCR por dias, mas com mais trabalho)
Pasmo com a airosa forma como o Governo, com a ajuda da Imprensa, arranjou uma estratégia para nos tornar bodes expiatórios e perante a sua incapacidade de gestão da pandemia. E vamos todos pagar: os que morrem por esta incúria, e os que ficam.

2 comentários:

  1. Nos finais do século XX, sabia-se que o Hospital de Santa Maria gastava em média, por dia de internamento e por cama de adiltos, 100 contos [100.000 escudos]. Só em hotelaria:
    Leito (cama ou maca), roupa do leito e 'pijama' mudados, 2 refeições grandes e 4 pequenas, higiene (no leito ou na casa-de-banho).
    Aqui não contava mais nada. Nem meia Aspirina, nem um soro. Só hotelaria.
    Nunca soubemos ser eficazes.
    oliveira

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  2. Na altura fui informar-me. Em Lisboa e no Hotel Ritz a diária para um quarto normal (não a de uma suite) era entre os 65 e os 70 contos. Mais barato do que o HSM.
    oliveira

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