Enquanto se discute encerramento de escolas, parece que os lares continuam a alimentar os hospitais e as morgues. E ninguém parece interessado em saber porque hoje previsivelmente morrerão entre 218 e 227 pessoas (cf. actualização em baixo).
Ontem "falhei" por quatro óbitos (no modelo da taxa de mortalidade), mas para mim mais importante do que acertar é destacar que existem sobretudo três razões para esta hecatombe:
a) número de internados acima de 3.500 (a partir do qual o sistema entra em colapso), muito abaixo das propaladas 17.000 camas que o Governo dizia existir em Outubro;
b) a população idosa estar numa situação de elevada fragilidade face ao abandono da assistência médica ao longo de mais de 10 meses;
c) o descontrolo completo nos lares, onde se continua sem ter números diários porque Imprensa e Governo não querem saber, e que estão a lançar para os hospitais os idosos para morrerem.
Estamos a viver um período complicado, mas não se culpe o SARS-CoV-2 nem se olhe agora para as escolas como o problema. São manobras de diversão do Governo.
Estamos a deixar morrer os velhos e a "matar" uma sociedade. Portugal é o único país da Europa Ocidental, a par do Reino Unido, que está num pico de mortalidade. E isso não se deve à covid mas ao falhanço no tratamento da covid. Quem não quiser olhar para a Suécia, então olhe agora para a Espanha.
Fonte: DGS
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