segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

PARA ENQUADRAR UMA PANDEMIA, QUE É GRAVE, MAS NÃO CATASTRÓFICA, E QUE TEM OUTROS FACTORES QUE NÃO APENAS O VÍRUS

Considerem, primeiro, que Portugal, com 10,3 milhões de habitantes, tinha em 2020 mais de 2,2 milhões de pessoas com mais de 65 anos, das quais quais quase 520 mil com idade acima da esperança média de vida (82 e mais anos).

Considerem também que a população com mais de 85 anos (que tem a "mania" de querer morrer mais do que os outros) triplicou entre 1994 e 2020.

Agora, vamos enquadrar a pandemia que nos vai "enclausurar" uma segunda vez, para dar tanto cabo do vírus como da Economia necessária para acabar com o víris. Foi ver, recorrdendo a dados do Eurostat, quais foram os anos com mais óbitos, em NÚMERO ABSOLUTOS, entre 1960 e 2020.

Análise feita, em ano de pandemia (2020), bateram-se recordes em:


* Abril - 10.431 óbitos (anterior recorde: 1963, com 9.816)

* Maio - 9.593 óbitos (anterior recorde: 2011, com 8.993)

* Julho - 10.430 óbitos (anterior recorde: 2013, com 9.172)

* Setembro - 9.014 óbitos (anterior recorde: 1961, com 8.533)

* Outubro - 9.888 óbitos (anterior recorde: 1961, com 9.167)

* Novembro - 11.495 óbitos (anterior recorde: 1974, com 10.282)


N.B. 1: Nos meses de Julho e Setembro, o efeito da pandemia foi praticamente nulo. O recorde de óbitos em Julho de 2020 suplantou o anterior em mais de 1.200 óbitos, e não foi por culpa do SARS-CoV-2.

N.B. 2 - Nos meses em que houve efeito mais directo do SARS-CoV-2, o recorde é suplantado, no máximo, em 12% (Novembro)

N.B. 3 - Entretanto, o mês mais mortífero em 2020 foi Dezembro, com 13.002 óbitos. Porém, não foi batido o funesto recorde deste mês que ocorreu em 1969, com uma mortalidade total de 13.553 óbitos, que se terá devido provavelmente à gripe de Hong Kong (cuja mortalidade total se estima, em todo o Mundo, entre 1 e 4 milhões de pessoas).

N.B. 4 - Desde 1960, o mês mais mortífero ocorreu em Janeiro de 1999, com 14.709 óbitos, o que equivale a quase 475 mortes por dia. Este recorde poderá vir a ser ultrapassado por Janeiro de 2021 que contabiliza, para já, uma média de 505 óbitos por dia nos primeiros 10 dias do mês. Continuo a considerar que o efeito "vaga de frio" está a exacerbar, e muit, e muito pela falta de resposta do SNS, a mortalidade desde o dia 4 de Janeiro. Muito provavelmente, pelos dados até agora disponíveis, o dia de hoje (11) baterá o recorde diário desde 2014.

Amanhã apresentarei a mesma análise mas enquadrada em função da população idosa ao longo das décadas, o que relativo ainda mais a visão catastriofista que muitos colocam na actual pandemia.

Fonte: Eurostat (1960-2018) e SICO-eVM (2019-2020)

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