sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

DO BOM ANO QUE SE AUGURA PARA O PÚBLICO OU DO ALIMENTAR O PÂNICO

Os critérios do Público já estão há muito definidos, sendo particularmente notórios quando recorrem à publicação (e tradução enviesada) de artigos publicados no estrangeiro, sobressaindo-se pela escolha apenas daqueles que servem para alimentar o pânico. Mesmo assim vou continuar a denunciar esta porcaria de jornalismo até que alguém de lá se envergonhe.

Hoje, aproveitando uma notícia do Washington Post, o Público titula: "Voar infectado com covid-19 não é só negligente. Também pode ser mortal, alertam médicos", o que já é um pouco diferente do título original do jornal norte-americano, que opta por um mais neutro "Flying with covid-19 isn’t just reckless — it’s potentially deadly, doctors say".

Porém, lida toda a notícia, que se baseia em duas mortes repentinas em voos nos Estados Unidos - eu já prefiro ler no original, por causa dos "truques" de tradução do Público -, fica-se a saber, bem, que afinal o factor determinante das mortes é "a climatização no interior das cabines dos aviões" e que, na verdade, o risco (de morte) é semelhante quer se tenha covid quer outra doença respiratória. 

Em suma, a covid não traz nada de novo. Nesse aspecto de risco é exactamente similar a outras doenças respiratórias, algo que há muito se sabe. Este tipo de notícias só tem para o Público, um objectivo: trazer-lhe mais clics. Mas cada um desses clics, como uma faca de dois gumes, traz  prego a ser espetado na sua já escassa credibilidade.



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