A Rádio Renascença, mui católica e solidária, está muito preocupado com as criancinhas, e vai daí acompanha a par-e-passo os casos positivos nas escola. Sucede que, por agora, a covid matou duas pessoas com menos de 20 anos (ambas com graves comorbidades), pelo que a pneumonia até é mais grave (antes da pandemia, matava geralmente mais de uma dezena de crianças por ano).
Quanto a informação sobre a situação dos idosos, e particularmente, dos idosos nos lares (que são SÓ o grupo mais vulnerável á covid), népia. Nem a Rádio Renascença nem nenhum outro órgão de comunicação social se preocupam em apurar, com rigor, quantos idosos em lares vão sendo contaminados, quantos funcionários, quantos destes vão morrendo, etc., etc., etc.. Fazem-se algumas notícias de casos isolados, aqui e ali, mas dados concretos, rigorosos, fiáveis, nanja!
Não se sabe nem ao dia de hoje, nem ao dia de ontem, nem ao dia da semana passada nem ao dia do mês passado, quantos idosos foram infectados, quantos ainda estão positivos, quantos morreram, etc. Nada. Nem a imprensa quer saber, nem a DGS se sente na obrigação de divulgar nem o Governo parece muito interessado que se saiba. A ministra da Saúde anuncia quando e como quier uns dados desactualizados e nunca validados, mesmo se supostamente existe uma base de dados oficial com essa informação.
Isto causa-me pasmo, porque existem indícios de a situação dos lares em Portugal estar caótica, e sobretudo porque, ao contrário de Portugal, em muitos países se mostra muito fácil saber aquilo que se passa nos seus lares. Basta uma consulta na Internet.
Um exemplo passa-se nos Estados Unidos, onde a American Association of Retired Persons (AARP) - uma organização com 58 milhões de membros - possui uma interactiva base de dados onde constam, a nível nacional e por Estado, a situação mensal dos lares ao nível dos casos positivos, de mortes, de surtos, de funcionários infectados e até de material de protecção (vd. aqui).
Esta transparência, mesmo quando se tem de mostrar casos poucos agradáveis, é o que destaca uma verdadeira democracia.
Podemos não ter, como os Estados Unidos, invasões selváticas da Assembleia da República, mas falta-nos ainda uns bons "centímetros" de transparência para que sejamos uma verdadeira democracia.
@ Dr. Pedro Almeida Vieira, apesar de lhe dar razão, não posso deixar de considerar desadequada a admiração que nutre pela democracia de um país onde,não vou ser exaustiva: Não existem Serviços de Saúde Públicos;Não existe proteção para a maternidade, quem quer licença pós parto arranja um bom seguro;Matam-se pretos como quem mata um rato;Andam em guerra com vários países e ajudam à "festa" em Israel;Elegeram George W. Bush e Trump, etc. Para exemplo de democracia está um bocado bacoca, não lhe parece?!
ResponderEliminarCom as suas (muitas) imperfeições, são uma democracia que não esconde essas imperfeições. Nós escondemos.
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