terça-feira, 2 de novembro de 2021

DO NOVO PROJECTO JORNALÍSTICO: PEDIDO DE APOIO

 Embora tenha abandonado as publicações neste blog, a minha actividade da escrita manteve-se nos últimos meses, tanto no Facebook como no site Farol XXI.

Gostaria, no entanto, anunciar aqui também que, depois de ter recuperado a minha carteira profissional de jornalista (CP 1786), vou iniciar no princípio do mês de Dezembro um projecto jornalístico baseado em trabalhos de investigação e artigos com abordagens distintas, abordando todas as temáticas sociais.

Como este projecto se baseia num modelo de apoio, neste momento decorre uma campanha de angariação de fundos, através do GoFundMe, podendo ser seguido este link: https://gofund.me/ba00ab90

Quem desejar método alternativo, por favor deixem comentário com indicação de e-mail de contacto ou enviem mensagem para o e-mail pedroalvieira@gmail.com

Obrigado.


segunda-feira, 1 de março de 2021

DO DIABO NOS PORMENORES E DO SNS QUE FALHOU TODO

No FAROL XXI está agora publicado um artigo da minha autoria que mostra como o SNS entrou em colapso em Janeiro. Os gráfico que aqui coloco (que está lá melhor explicado) mostra, no do lado esquerdo aquilo que se registou desde Dezembro; no do lado esquerdo o que aconteceria se o SNS tivesse tido sempre o nível de eficácia da última semana de Fevereiro.

Este artigo parece-me de fundamental leitura até para compreender o alcance das palavras deste fim-de-semana do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares que admitiu que a gestão da pandemia foi "francamente má" (sic).

Leiam AQUI.

Em Janeiro, os dados oficiais apontam para 270 mortes por covid-19. Na última semana de Fevereiro foram apenas 67. Qual foi a razão para esta descida? Apenas diminuição do número de internados? Não parece. Um dia depois do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares admitir que a resposta à pandemia foi “francamente má”, o FAROL XXI mostra como o Serviço Nacional de Saúde falhou em Janeiro, deixando que em certos dias morressem mais de 40 pessoas por 1.000 internados. E isso é prova de falhanço? Sim, se considerarmos que na última semana de Fevereiro, essa taxa se reduziu para apenas 18 óbitos por 1.000 internados. A recuperação da eficácia do SNS em Fevereiro é a prova do seu colapso em Janeiro.

Nota: Estou em processo de migração para a minha página em Pedro Almeida Vieira - PAV. Quem me quiser continuar a seguir, queira por obséqui juntar-se por lá. São muito bem-vindos, se vierem por bem.

Sigam o site do FAROL XXI, AQUI.



DO POPULISMO DOS ABSOLUTISTAS

Um excelentíssimo médico intensivista, especialistas em livros sobre fake news na medicina - e que parece se sabe melhor se bebido com chá e bolinho -, "crucifica-me" porque eu aprecio relativizar a covid-19 e outras doenças. Diz que é coisa de políticos e generais, forma de dizer que quem relativiza é um insensível.

Não deveria ser necessário ter de explicar que relativizar não é menorizar; é enquadrar. Serve para poder comparar com rigor, não permitir os enviesamentos que surgem com os números absolutos. Por isso é que se pode dizer que a nossa situação é pior do que a dos Estados Unidos, do que do Brasil, do que da Espanha, etc...

Se não fizéssemos essa operação chegaríamos a conclusões absurdas, como seja dizer que as condições de vida em Portugal no século XVIII eram melhores do que agora, porque, ignorando que então havia apenas 20% da população de agora, se constata que morre agora mais gente (em termos absolutos) do que que há 300 anos. 

Ou então diríamos que a Peste Negra foi menos perigosa do que a covid para os idosos com mais de 80 anos, porque esta já matou 10.814 portugueses nesta faixa etária, enquanto a epidemia do século XIV não terá chegado a tanto nos idosos (esquecendo que se contariam pelos dedos das mãos aqueles que chegavam aos 80 anos naqueles longínquos tempos).

Na verdade, o Excelso Doutor deve ser daqueles que acha que a qualidade de um cirurgião apenas se mede pelo número de doentes que sucumbe no bloco operatório. Assim, se ele deixar morrer o único doente que operou será melhor cirurgião do que aqueloutro que operou 1.000 pessoas e não conseguiu salvar duas. 

O facto de o grau de sucesso ser, respectivamente, de 0% e de 99,8% é um pormenor irrelevante, coisas de general. O que conta apenas é que morreu uma pessoas às mãos do médico aselha, menos uma do que do outro médicos que, lamentavelmente, deixou duas vidas perderem-se.

domingo, 28 de fevereiro de 2021

DAS LOAS AO ACTIVO, RESPONSÁVEL, ASSERTIVO, PRUDENTE E SOLIDÁRIO PRIMEIRO-MINISTRO PORTUGUÊS

O meu artigo de opinião no FAROL XXI que aborda como o Governo português é bestial e os Governos brasileiros e norte-americano são/foram umas bestas. Tem uns interessantes gráficos..

Vejam AQUI o texto completo.

Deixo aqui uns trechos:

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Execute-se um simples teste comparativo. Pesquise-se no Google, na secção Notícias, por “Bolsonaro+covid”, “Trump+covid” e “Costa+covid”. Percorrendo as primeiras páginas para o caso português, predominam largamente as notícias da pandemia com destaque para o nosso activo, responsável, assertivo, prudente e solidário primeiro-ministro. Lê-se António Costa a confirmar o confinamento (o 12º em apenas um ano). Lê-se António Costa a prometer desconfinar apenas a partir de 11 de Março. Lê-se António Costa a abordar a importância de um certificado europeu para se viajar até ao Verão. Lê-se António Costa a avisar que se vive “fase perigosa” e de “ilusão”. Lê-se António Costa a garantir que não há inquéritos epidemiológicos em atraso. Lê-se ainda António Costa em reunião com o Presidente da República para discutir estratégia do Governo. E lê-se até António Costa a defender partilha de vacinas com África. Não há, nas primeiras cem notícias, uma única que lhe seja desfavorável. E presume-se que também não haja nas mil seguintes, ou 10 mil. Ou em nenhuma de todas. Na verdade, não me recordo de uma única crítica contundente na imprensa contra a estratégia governamental (ou falta dela) em relação à pandemia; de uma única crítica sibilina que imputasse culpas pelo morticínio de Janeiro. Não incluo aqui as auto-críticas de António Costa, que, à falta de críticas, se mete de quando em vez em reflexões introspectivas, mas sempre em tom paternalista – por exemplo, quando se referiu à mensagem no Natal por ele feita, que terá sido mal percepcionada pelos portugueses –, num estilo, enfim, similar ao de um pai que lamenta os desacatos do filho em noitada de copos.

(...) 

Observar a evolução (e distribuição) dos óbitos entre Portugal e Brasil, e ainda entre Portugal e os Estados Unidos, desde o início da pandemia, e depois continuar achando que não existem responsabilidades políticas na gestão da pandemia no nosso país, constitui um exercício de cegueira cívica ou de estrabismo ideológico. Os últimos meses em Portugal foram uma catástrofe inimaginável mesmo perante as supostas “ovelhas negras” chamadas Brasil e Estados Unidos. E não foi apenas em Janeiro. 

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Nota: Como estou em fase de migração para a conta pessoal, agradeço que me sigam preferencialmente pela minha nova página do FB  (Pedro Almeida Vieira - PAV).

Sigam também a página do FAROL XXI.


DAS FAKE NEWS E DO AMOR

Tomei conhecimento que o Doutor André Casado, distinto médico intensivista do Hospital da Luz, ocupa as suas poucas horas vagas em duas distintas funções: escrever livros sobre "fake news" e visitar páginas de quem não conhece para as "desrecomendar".

Como estou muito cristão, devolvo a delicadeza, recomendando-vos o seu livro, com votos de grande e merecido sucesso. Eu não li mas gostei muito, apesar dos seus já desculpados erros gramaticais, de acentuação e pontuação, porque a um especialista em ventilação não se pode exigir rasgos de Camões.

Nota: Podem acompanhar alguns dos meus textos mais elaborados no site do FAROL XXI.




sábado, 27 de fevereiro de 2021

DO SNS E DO ALEGADO REFORÇO

Bem sei que ser "treinador de bancada" é muito confortável, e "arrotar postas de pescada" sobre as análises dos outros.

No meu caso arrogo-me o direito de criticar, porque, enfim, faço muitas análises. Os meus comentários, as minhas críticas, não têm uma base de "achismo" nem de ideias pré-concebidas. Pelo contrário. Quando me parece, empiricamente, que algo é assim ou assado, predisponho-me a gastar umas horas em análises.

Eis AQUI um destes exemplos. Fui analisar em grande detalhe como evoluiu o Serviço Nacional de Saúde, nas suas diversas componentes (unidades orgânicas, incluindo hospitais) entre Março de 2020 e Janeiro de 2021.

Podem também seguir a página do FAROL XXI.

Para quem me segue também no FB, recomendo que passem a seguir-me AQUI, na página pessoal.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

DO ADORÁVEL PÚBLICO SOBRE O BRASIL (E DO SILÊNCIO SOBRE PORTUGAL)

Os jornalistas do Público andam novamente ufanos, de orelhas arrebitadas, agora que as mortes por covid-19 desceram em Portugal de uns estonteantes 300 óbitos para uns mais "aceitáveis" 50 e tantos. Faço notar que no processo de "chegada" até aos 300 óbitos não se viu uma única notícia ou editorial em tom crítico sobre a actuação do Governo de António Costa.

Entretanto, no Brasil atingiu-se um máximo diário de óbitos esta semana: na quarta-feira registaram-se 1.582 mortes. Motivo mais que justificado para "zupar" em Bolsonaro, porque tudo o que de mau existe é sempre Bolsonaro.

Eu nunca defenderei Bolsonaro na gestão da pandemia, nem nunca em outra qualquer área, mas... caramba: 1.582 óbitos no Brasil correspondem a 76 óbitos em Portugal. Caramba: Portugal teve um pico de 303 óbitos, um pico quatro-4-quatro vezes superior. Foi há um mês, caramba! E não foi nunca, segundo o Público, culpa do Governo de António Costa. Foi culpa, segundo se depreendia pelas notícias e editoriais do Público, dos portugueses e das variantes e do Diabo a quatro. Nunca foi do Governo, nas letras do Público.

A forma enviesada como o Público (ainda mais do que os outros media) enegrece o cenário do Brasil - como contraponto de Portugal - devia constar de uma aula de comunicação social. Para mostrar como não fazer notícias. Como não desenquadrar um problema. Reparem: Portugal tem menos de 5% da populaçºao brasileira (4,8%); e por isso as 251.661 mortes por covid-19 naquele país correspondem a 12.120 em Portugal. No nosso país terão morrido 16.243 pessoas por esta doença, o que equivale a mais de 337 mil mortes no Brasil.

Quem está pior? Porque se aponta (justas) responsabilidades políticas num país estrangeiros, e nada se diz sobre responsabilidades políticas na gestão da pandemia cá no burgo? 

Este tipo de jornalismo do Público é mais do que tendencioso. Não é jornalismo. Aliás, não deixa de ser irónco - e até anedótico - que ainda há dias uma série de individualidades (algumas que conheço e até, julgo ainda, são minhas amigas) fizeram publicar uma carta aberta no Público em que se insurgiam contra o tipo de jornalismo televisivo. Eu ainda esperei que fizessem uma conferência de imprensa, transmitida pelas televisões, a insurgirem-se contra o tipo de jornalismo da imprensa escrita. Ainda estou à espera. 

NOTA IMPORTANTE: Quem me segue no FB, na minha conta principal, e desejar continuar a seguir-me, aconselho que o faça através da minha página Pedro Almeida Vieira - PAV.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

DO RETRATO COMO NUNCA VISTO: O IMPACTE DA PANDEMIA POR CONCELHO

Leiam e divulguem (se considerarem relevante). Pela primeira vez saibam o impacte da covid-19 por concelho. É isto divulgado pelo Governo? Pela DGS? Pelas televisões, jornais e rádios nacionais? Não: é pelo FAROL XXI. 

Independentemente da vossa posição, leiam AQUI.  

E tirem a vossa conclusão, mesmo que discordem da minha interpretação.

Lead

Pela primeira vez, eis um retrato dos efeitos da pandemia em Portugal. Apesar da falta de transparência do Governo na revelação de dados pormenorizados sobre a covid-19, o FAROL XXI pesquisou e vasculhou sites e rede sociais das autarquias, bem como outras fontes de informação, designadamente órgãos de comunicação social de âmbito local e regional. Como até agora, ao fim de quase 12 meses, nenhum media de âmbito nacional (TVs, jornais e rádios) quis incomodar o Governo para se divulgar em pormenor os impactes do SARS-CoV-2, o FAROL XXI apresenta aqui uma análise possível mas exaustiva. Saiba assim como se portaram 233 concelhos (onde se divulga informação epidemiológica) em três indicadores fundamentais: taxa de mortalidade, taxa de letalidade e peso da covid-19 no total dos óbitos. E depois, questione-se sobre os motivos de haver tantos concelhos importantes sobre os quais nada se sabe; e sobre os motivos do manto negro que esconde a tenebrosa situação dos lares de idosos.

Sigam e divulguem a página do FAROL XXI.

E o site do FAROL XXI.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

DA TRANSPARÊNCIA E DA INFORMAÇÃO

O FAROL XXI andou a vasculhar sites e redes sociais para saber quais as autarquias que têm uma cultura de transparência e informação dos munícipes em relação à pandemia.

Os resultados estão num artigo agora publicado. E com mapa. Vejam AQUI

E amanhã vai sair o "sumo" essencial: uma análise sobre a taxa de letalidade, a taxa de mortalidade e o peso da covid-19 em cada um dos 225 municípios com informação. Quanto aos outros, esperamos que a sua cultura de transparência se modifique. E sobretudo que a DGS deixe de ser obscurantista.

Acedam e sigam à página do Facebook do FAROL XXI.

E visitem, obviamente, o site AQUI


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

DOS CUIDADOS INTENSIVOS OU DA CRÓNICA DE UM POVO REFÉM E CRÉDULO

Leiam no FAROL XXI o meu artigo de opinião sobre o "estado das coisas". AQUI:

"(...) O crédulo povo português em tudo acreditará, porque já se convenceu que isto é como a Gripe Espanhola; que a culpa de estarmos em sexto lugar nos piores países do Mundo é de todos menos do Governo; que todos podem morrer pela covid-19; que todos ficarão com sequelas mesmo que nunca tenham tido sintomas (até porque, lá está, consta por aí que o principal sintoma da covid-19 é não se ter sintomas, donde se conclui que toda a gente sofrerá irremediáveis sequelas que a conduzirá à morte); que todos apenas se salvarão com a toma da vacina ou as suas sobras; que todos só podem almejar a sobrevivência se se mantiver o estado de emergência e todas as demais restrições (escolas e livrarias incluídas) enquanto houver mais de 245 camas de cuidados intensivos ocupadas por doentes-covid (...)" 

Podem seguir também a página do FAROL XXI no Facebook aqui.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

DO CASAMENTO E DO HUMOR

As notícias sobre a morte da Oposição foram claramente exageradas. Não houve enterro; houve sim boda.

Vejam o humor no FAROL XXI na secção al-Karthum 

E também na página do FB do FAROL XXI.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

DA ANÁLISE NECESSÁRIA E SEM PUDORES

No FAROL XXI (vd. AQUI) mais um importante texto, desta vez uma análise detalhada com base no  Centres for Disease Control and Prevention – a conceituada agência norte-americana de Saúde Pública –, abordando tema controverso mas necessário. Ide ler. E divulgai. 

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Durante meses foi um tabu – susceptível de banimento das redes sociais e da imprensa – comparar as pneumonias (e gripe) com a covid-19. Querer fazer esse exercício era “prova” de se ser negacionista. Contudo, o Centres for Disease Control and Prevention – a conceituada agência norte-americana de Saúde Pública – nunca teve pejo de divulgar publicamente dados que permitem comparar os efeitos da pandemia, integrando a covid-19 em outras infecções respiratórias. Os dados mais recentes (até 17 de Fevereiro) confirmam que, nos Estados Unidos, a nova doença tem sido bastante mortífera na população idosa, e que, por outro lado, as doenças infecciosas estão a matar bastante. Mas também revelam que a pandemia não tem tido impacte negativo relevante nas crianças e nos jovens. Na verdade, para estas faixas etárias, as pneumonias têm matado muito mais.

Sigam e divulguem a página do FB do FAROL XXI

sábado, 20 de fevereiro de 2021

DO DESFECHO FATAL NA COVID-19 (QUE DEPENDE DO MÊS E DO HOSPITAL)

Novo texto AQUI no FAROL XXI bastante importante, com uma análise inédita.

Vejam lead:

Não é apenas a idade ou as comorbidades que influenciam a probabilidade de sobrevivência à covid-19. Num país, como Portugal, cujo sistema de saúde entrou em verdadeiro colapso em Janeiro, a probabilidade de morrer ou viver depende também muto de se ter tido a sorte ou o azar de contrair a doença no Verão ou no Inverno, sobretudo porque a eficácia no tratamento registada pelos hospitais se mostrou muito distinta ao longo da pandemia. Aqui, no FAROL XXI apresenta-se uma avaliação sobre a evolução da taxa diária de mortalidade dos internamentos ao longo da pandemia, revelando-se também uma inédita análise à eficácia dos hospitais entre Março e Junho de 2020.

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Podem seguir também o FAROL XXI no Facebook AQUI




sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

DO PARAÍSO PARA OS NOVOS E DO INFERNO PARA OS VELHOS

Mais uma análise detalhada sobre o que se passou desde o início do ano, desta vez sobre o impacte por grupo etário.

Vejam AQUI.

E também abordo algumas incógnitas, a saber:

Primeiro, não se sabe qual foi o contributo do colapso do SNS quer na perda de eficácia do tratamento dos doentes-covid – a taxa diária de mortalidade dos internados chegou a atingir os 4,5%, quando em Novembro e Dezembro se situava nos 2,5% – quer na do tratamento dos doentes não-covid. 

Segundo, não se sabe o contributo da vaga de frio no agravamento das condições clínicas dos doentes (covid e não-covid) que culminaram em desfechos fatais.

Terceiro, ignora-se o impacte da suspensão da actividade normal desde Março de 2020 do SNS no surgimento ou exacerbação de comorbidades, e que podem ter contribuído muito para a mortalidade covid e não-covid.

Quarto, ignora-se qual foi o contributo dos lares para a mortalidade tanto covid como não-covid.

Quinto, desconhece-se o número de casos fatais cujas infecções por SARS-CoV-2 ocorreram no próprio estabelecimento hospitalar onde os doentes já se encontravam internados por outras causas, ou seja, não se sabe a prevalência da covid-19 como doença nosocomial causadora de morte.

Sexto, desconhece-se até que ponto a metodologia da DGS levou ao “uso abusivo” da covid-19 como causa de morte, sendo necessário saber em detalhe qual o número de vítimas em que o vírus foi identificado em laboratório (e sendo então a morte catalogada com o código U07.1 da OMS), e qual o número de vítimas em que a covid-19 foi apenas apontada como causa provável ou suspeita (código U07.2 da OMS).

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Pode e devem também seguir e divulgar a página do FB do FAROL XXI.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

DOS TESTES E DOS SEUS EFEITOS

Esta noite o FAROL XXI tem um artigo na secção ACTUAL muito importante, e julgo que à prova de fact-checking (excepto se for para confirmar a sua veracidade). 

Não por eu ser o co-autor, mas sobretudo por o outro co-autor ser João José F. Gomes, professor do Departamento de Estatística e Investigação Operacional da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Basicamente, analisa-se se o número de testes na Europa e em diversos países americanos tem uma correlação com os óbitos causados pela p*ndemia. Ou seja, se mais testes vai dar menos mortes; ou se menos testes vai dar mais mortes; ou outra qualquer correlação.

Vejam. Leiam. AQUI.

E divulguem se acharem oportuno. E mais, visitem e sigam a página do FAROL XXI.