Como tenho dito, nos últimos dias tenho estado a fazer previsões sobre a mortalidade por covid com base na taxa de mortalidade e no número dos internados-covid, não para me armar em Zandinga (embora tenha acertado uma vez na mouche), mas sobretudo para acompanhar o estado do SNS.
Tentarei agora apresentar diariamente dois gráficos actualizados aos dia: um com a previsão com base na linha de tendência (polinomial) e outra com base na taxa de mortalidade do dia anterior, confrontando também com a mortalidade expectável se o SNS estivesse com desempenhos similares a Dezembro (TM 2,5%) e a Outubro (1,5%).
O segundo gráfico é de dispersão dos internamentos com os óbitos, actualizado ao dia), servindo também para aferir se o SNS se encontra em colapso, algo que, de forma clara se começa a observar a partir dos 3.000 internamentos e se exacerba acima dos 3.500. Faço notar acima desse número de internamentos, a amplitude de valores (óbitos) pode ser bastante grande, revelador também de um completo descontrolo.
Obviamente que existe um factor que me parece determinante nos próximos dias: o aumento da temperatura ambiente, que pode condicionar, positivamente, o desempenho do SNS. Aliás, tudo indica que o dia 17 poderá ser baixar a fasquia dos 600 óbitos. Mesmo assim, será o 13º dia consecutivo com mais de 500 óbitos por todas as causas, um valor bastante elevado mesmo deduzindo os óbitos-covid.
Mais uma vez chamo a atenção que o Governo indicava que existiriam mais de 17 mil camas para fazer face à pandemia. Como se vê, o sistema entra facilmente em ruptura a partir dos 3.500 internamentos.
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