Tenho reparado que o Hospital de São João, no Porto, e particularmente o médico Nélson Pereira, director da Unidade Autónoma de Gestão da Urgência e de Medicina Intensiva, surge de quando em vez como "enzima" para criar mais pânico e pôr-nos na "ordem".
Hoje toda a imprensa fala das urgências daquele hospital, e lá aparece Nélson Pereira a perorar. O incontornável Público titula: "Cem suspeitos de covid-19 por dia: efeitos das festas já se notam nas urgências do Hospital de São João".
Ora, fui ver como andaram as urgências naquele hospital na semana a seguir ao Natal, pegando nos dados do SNS de 2020 e comparando com 2019, entre os dias 23 e 31 de Dezembro (vd. aqui). Pois bem, temos a seguinte situação:
a) As gripes passaram de 806 em 2019 para apenas 15 em 2020 (queda de 98%).
b) Os episódios de infecções respiratórias passaram de 4.481 em 2019 para apenas 770 (queda de 83%)
c) O fluxo das urgências passou de 6.511 visitas em 2019 para 4.178 em 2020 (queda de 36%)
d) Os internamentos passaram de 580 em 2019 para 491 em 2020, incluindo covid (queda de 15%).
Estamos, portanto, nesta fase, do "vale tudo". Onde anda a ética médica no meio disto tudo?
A vergonha é a vitamina das sociedades humanas.
ResponderEliminaroliveira