Desde que "isto" começou, e tenho questionado a "nararativa" oficial, muitos amigos, alguns de verdade, foram-se afastando, entre críticas e silêncios. Tenho agora estado a lembrar-me de imensos amigos da área da Cultura, cultíssimos e mui democratas, que nem um 'ai' nem um 'clic' me disseram quando o "democrata" FB me censurou um post, mesmo se eu usava dados oficiais e colocava os links das fontes. Silenciar aqueles de quem se discorda não parece afinal mal de todo, pensarão eles.
Sobretudo para eles (e estou a lembrar-me de uma boa lista), dedico-lhes uma passagem do meu romance "A Mão Esquerda de Deus", que me parece bastante apropriada para os tempos que correm. Aliás, não me parece só apropriado; encaixa na perfeição. Foi escrito em 2009:
"O famoso Erasmo de Roterdão, morto há quatro anos, deixou-nos muitos escritos cheios de boas verdades, embora a Igreja, lesta, se tenha já aprontado a considerá-los heréticos. Explicou ele, com refinada ironia, ser imprudente o homem que não se acomoda às coisas presentes, que não obedece aos costumes, que esquece aquela lei dos banquetes: 'Bebe ou retira-te'. E que, ao invés, será prudente todo aquele que, não querendo saber mais que os outros, convive e erra de boa vontade com e como a universalidade dos homens. Ou seja, aplicado ao meu caso, se contestasse as doutrinas dos sacerdotes - retirando-me apenas do banquete -, a minha postura seria considerada ofensiva, uma falsa crença, fruto de uma vontade perversa. E, se argumentasse com a justeza da minha opinião, se insistisse na bondade daquilo que defendia, receberia a malquerença, o desprezo, a repulsa, a perseguição e, porventura, a própria morte".
Com estima, envio o link da Wikipedia (em Inglês) acerca de um filme chamado "The Left Hand of God" que vi na adolescência.
ResponderEliminarhttps://en.wikipedia.org/wiki/The_Left_Hand_of_God
Creio que sabe a origem da frase.
oliveira