segunda-feira, 5 de outubro de 2020

DA BRINCADEIRA DA SAÚDE PÚBLICA

Não vale já a pena usar eufemismos: a "brincadeira assassina" que corrói o nosso Serviço Nacional de Saúde continua sem fim à vista, e mata mais do que o SARS-CoV-2. Mesmo em férias, fiz uma actualização. O mês de Setembro costuma ser o menos mortífero em Portugal. A média diária de óbitos andava, no período 2009-2019, nos 256. Este ano atingiu-se o absurdo número de 300 por dia; no total do mês foram 8.999 mortes, das quais 153 de covid. Mas só se fala de covid (vergonhosa Propaganda Mediática), que representou 1,7% da mortalidade total, e nada se diz sobre o acréscimo de 17,2% de mortes que se registaram acima da média (2009-2019). Andamosa brincar à saúde pública, com o mete máscara, põe máscara, que ficará como símbolo do medo e da hipocrisia nesta pandemia. Olhar para o gráfico aqui em baixo dá-me uma raiva que só me apetece chamar assassinos a certas e determinadas pessoas. É que não só é assassino quem nos espeta um punhal; também é aquele que se desleixa (já não se por negligência ou intencionalmente) para aspectos vitais de saúde pública. Não tenham medo da covid; tenham medo sim do estado das coisas.





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