segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

DO BALLET RUSSO OU DA ROLETA RUSSA

Manuel Carvalho, que como director se está a comportar como o coveiro da credibilidade do Público, sentenceia em editorial que o “primeiro dia [da vacinação] correu bem”, como um “ballet russo”, e portanto “ponto final”. 

Começo a desconfiar que Manuel Carvalho não lê o seu próprio jornal nem sequer olha para as fotos. Como é que um director feito paladino e defensor devotado e acrítico de todas as medidas e todas as declarações do Governo, que promove e publica anúncios de campanhas tétricas a apelar contra convivência familiar e da proximidade física, acha sensato o ajuntamento de jornalistas, e dos seus, numa dos mais patéticos eventos à la Coreia. Aquilo que eu vi, pelas imagens das televisões e fotografias, não foi um ballet russo; foi uma roleta russa.


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