Estou a analisar a taxa de mortalidade de todas as doenças respiratórias (ontem apenas fiz comparação com uma pequena parte, as penumonias e gripes), sobretudo nos idosos. Se querem um ano desgraçado, então aponto-vos o ano de 2012: a taxa de mortalidade nos maiores de 80 anos foi de 19,3 óbitos por mil. Foram 10.023 idosos que morreram de doenlas respiratórias. Obviamente, não serve como termo de comparação directa, mas pode sempre dizer-se que a covid está nos 7,1 óbitos por mil nos idosos com mais de 80 anos.
Passou esta situação de 2012 despercebida à imprensa? Não. Claro que não. Descubro notícias e mesmo reportagens sobre a situação, sobretudo em Janeiro e Fevereiro de 2012, como na reportagem da RTP, conforme se pode ver aqui.
Porém, notem: se trocarem, nas palavras do médico e da jornalista, "pneumonias" por "covid", parece tudo igual aos dias de hoje, com duas excepções: não há pânico a ser lançado pela jornalista nem sensacionalismo do médico (que não é o doutor Filipe Froes). E, contudo, morreu-se mais em 2012.
Ah, e também não há máscaras. Nem no hospital, caraças.
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