Entro no Centro de Saúde da Lapa. Venho para a discussão. Uma hora antes da consulta (18:00), que marquei há três semanas, ligaram-me a dizer que a médica (que não escolhi e me foi atribuída) não me pode atender. Insisti por telefone para saber a razão. Depois de um intervalo tinham-me dito que afinal ela se sentira mal durante a tarde. Compreendo, disse: arranjem alternativas; médicos não faltarão para que o SNS cumpra as consultas quando um médico fica doente. Que não há, dizem... Teria de fazer nova marcação... O SNS acha isto normal e natural. Eu não... Venho assim tirar satisfações. Desinfectante nas mãos à entrada, “pistola” na cabeça; temperatura ok. Pedem que aguarde dois metros em frente da vitrina da recepção embora não haja ninguém entre a vitrina e eu. A funcionária mal me ouve por causa da minha máscara e da vitrina entre nós. Diz que não fala comigo se eu tirar a máscara. Tudo bem, falo aos gritos. Pede-me entretanto para lhe passar a identificação... “Então pede-me assim a identificação sem que eu antes desinfecte o cartão com álcool gel? Espere aí que eu vou desinfectar primeiro antes de passar-lhe porque assim tudo isto não tem lógica nenhuma”... Aguardo entretanto uma resolução para o meu caso. Cheira-me que vou ser mais um número para as estatísticas. E às tantas dos utentes que tiveram consulta marcada, não a tendo depois.
Adenda: 18h34 - Conselho ao povo: façam como eu, refilem, refilem sempre. Embora não com demasiada simpatia, acabei atendido por uma médica alternativa, que substituiu a médica de família (que me desmarcara a consulta à última hora). Não se resolveu tudo o que desejava mas está o essencial.
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