Rápida visita ao Museu do Vasa. À saída, ultrapassado um casal, percebo sons familiares. Portugueses. Faço a parvoíce do costume, dos lusitanos abanando a cauda ao cheirar patrícios em terras longínquas: “Então, bom dia!” Ficamos ali a falar dois minutos sobre incontornável tema: a liberdade em terras suecas de uns basbaques sem máscara. “Já nem queremos regressar. Aqui não sentimos medo”, diz-me a senhora. “Regresso esta tarde”, lamento. “Estou com medo. Do choque entre a ponderação daqui e o absurdo de lá”. Entretanto, apanho o comboio para o aeroporto, onde revejo a ponderação. Estou ainda sem máscara.
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