domingo, 28 de fevereiro de 2021

DAS LOAS AO ACTIVO, RESPONSÁVEL, ASSERTIVO, PRUDENTE E SOLIDÁRIO PRIMEIRO-MINISTRO PORTUGUÊS

O meu artigo de opinião no FAROL XXI que aborda como o Governo português é bestial e os Governos brasileiros e norte-americano são/foram umas bestas. Tem uns interessantes gráficos..

Vejam AQUI o texto completo.

Deixo aqui uns trechos:

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Execute-se um simples teste comparativo. Pesquise-se no Google, na secção Notícias, por “Bolsonaro+covid”, “Trump+covid” e “Costa+covid”. Percorrendo as primeiras páginas para o caso português, predominam largamente as notícias da pandemia com destaque para o nosso activo, responsável, assertivo, prudente e solidário primeiro-ministro. Lê-se António Costa a confirmar o confinamento (o 12º em apenas um ano). Lê-se António Costa a prometer desconfinar apenas a partir de 11 de Março. Lê-se António Costa a abordar a importância de um certificado europeu para se viajar até ao Verão. Lê-se António Costa a avisar que se vive “fase perigosa” e de “ilusão”. Lê-se António Costa a garantir que não há inquéritos epidemiológicos em atraso. Lê-se ainda António Costa em reunião com o Presidente da República para discutir estratégia do Governo. E lê-se até António Costa a defender partilha de vacinas com África. Não há, nas primeiras cem notícias, uma única que lhe seja desfavorável. E presume-se que também não haja nas mil seguintes, ou 10 mil. Ou em nenhuma de todas. Na verdade, não me recordo de uma única crítica contundente na imprensa contra a estratégia governamental (ou falta dela) em relação à pandemia; de uma única crítica sibilina que imputasse culpas pelo morticínio de Janeiro. Não incluo aqui as auto-críticas de António Costa, que, à falta de críticas, se mete de quando em vez em reflexões introspectivas, mas sempre em tom paternalista – por exemplo, quando se referiu à mensagem no Natal por ele feita, que terá sido mal percepcionada pelos portugueses –, num estilo, enfim, similar ao de um pai que lamenta os desacatos do filho em noitada de copos.

(...) 

Observar a evolução (e distribuição) dos óbitos entre Portugal e Brasil, e ainda entre Portugal e os Estados Unidos, desde o início da pandemia, e depois continuar achando que não existem responsabilidades políticas na gestão da pandemia no nosso país, constitui um exercício de cegueira cívica ou de estrabismo ideológico. Os últimos meses em Portugal foram uma catástrofe inimaginável mesmo perante as supostas “ovelhas negras” chamadas Brasil e Estados Unidos. E não foi apenas em Janeiro. 

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Nota: Como estou em fase de migração para a conta pessoal, agradeço que me sigam preferencialmente pela minha nova página do FB  (Pedro Almeida Vieira - PAV).

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