quinta-feira, 24 de setembro de 2020

DO BOLETIM DA DESGRAÇA - 21 DE SETEMBRO

Com algum atraso, eis aqui o relatório respeitante a 21 de Setembro de 2020. Fazendo a comparação com a média (2009-2019) verifica-se que a mortalidade total neste dia (255) foi inferior à média, mesmo apesar dos cinco óbitos por covid.

Porém, continua a registar-se uma situação crónica: a mortalidade nos maiores de 85 anos continua acima da média (mais oito óbitos).
Principais dados a reter na mortalidade do dia 21 de Setembro de 2020:
a) 5 óbitos devido à covid;
b) 1 óbito a menos em relação à média, apesar da covid;
c) o grupo dos maiores de 85 anos apresenta um excesso de 8 óbitos;
d) o grupo dos 75-84 anos apresenta uma redução de 19 óbitos;
e) o grupo dos 65-74 anos apresenta um excesso de 18 óbitos;
f) por dedução, o grupo de menores de 65 anos registou uma redução na mortalidade de 8 óbitos em relação à média.



4 comentários:

  1. Caro Pedro,

    Se os testes PCR têm 3% de falsos positivos porque motivo a testar mais de 40.000 por dia, não temos mais de 1200 positivos diariamente?

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  2. Porque depende da sensibilidade e especificidade dos testes PCR. E também da incidência em concreto da doença nos sítios onde se realizam. Certo é que haverá uma parte considerável de falsos positivos que são considerados no lote dos casos positivos diários.

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  3. A análise de mortalidade diária é muito limitada, pois acabamos por comparar mortalidade com dias de semana diferentes nos anos anteriores (dias úteis comparados com fins de semana e eventuais feriados móveis, tolerâncias de ponto, etc.). A unidade mínima de análise para este efeito, em minha opinião, deveria ser a semana, pois assim se contemplarão todos os dias da semana e se limitará o confundimento.
    O último dia do corrente ano em que se registou excesso de mortalidade foi 16 de Setembro: 353 óbitos (média em 5 anos: 285.74; limite IC 95%: 330.73). Agosto não teve dias de excesso. Teríamos de recuar a Julho para encontrar novo excesso de mortalidade num dia. No entanto, em termos globais, Agosto foi devastador em termos de excesso de mortalidade.

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    1. Paulo Costa, o objectivo é meramente confrontar as pessoas que a mortalidade não é só covid e que se deve enquadrar a situação pelo total e pelo grupo etário. Ainda hoje publiquei um post onde tenho em conta, por exemplo, a questão do envelhecimento e, nessa medida, se apresenta uma comparação face á mortalidade expectável.

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