quinta-feira, 13 de agosto de 2020

DO DESÂNIMO... OU COMO VEM AÍ A OBRIGAÇÃO DE MÁSCARAS NAS VIAS PÚBLICAS

Para quem tinha esperança de o "circo da covid" parar no Verão, desengane-se. Da ideia inicial de achatar a curva passou-se rapidamente para a peregrina ideia de zero mortes por covid-19, como se isso fosse possível, ainda mais no curto prazo, e mesmo com vacina. 

Enfim, olhando para os números de Agosto das contaminações nos mais idosos (acima dos 70 anos, e sobretudo dos maiores de 80 anos)  parece-me, primeiro, que os lares continuam a ser um problema. E a evolução nos maiores de 80 anos nos dois últimos dias "cheira" a mais descontrolos em lares.

Segundo, por tudo isto, está praticamente garantido (segundo as probabilidades com base nas taxas de letalidade) a existência de quatro a cinco mortes diárias por covid nas próximas semanas. Isto está a um nível lamentável pelas vidas, mas "aceitável" do ponto de vista da Saúde Pública, até porque este número estará abaixo das mortes por infecções respiratórias virais e bacterianas (cuja mortalidade estará este ano a níveis muito mais baixos). Além disso, esta minha estimativa para as mortes por covid-19 aproxima-se do número médio diário registado em Junho e em Julho, dando assim sinais de um certo "endemismo".

Porém, isso pouco interessará aos políticos e aos "covideiros". Só este valor para os óbitos por covid, pingando diariamente quatro ou cinco vítimas, independentente da insignificância estatística face às outras causas de morte, vai ser "suficiente" para continuar a alimentar ad nauseum o "circo". Direi mesmo que, face à manutenção da mortalidade por covid, está praticamente garantido, para muito em breve, a imposição do uso de máscaras nas vias públicas. Viver nos próximos tempos não vai ser fácil para manter a mente sã.




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