sexta-feira, 8 de maio de 2020

DO PAÍS QUE BRINCA COM O FOGO

A França vai fazer desconfinamento territorial, e faz muito bem. Não tenho andado a vigiar se outros farão o mesmo. Nós, por cá, achamos que a covid-19 atacou da mesma forma, e desconfinamos da mesma forma, embora com mais regras restritivas do que na fase do confinamento, e que contribuem para aumentar mais o pânico do que dar efectiva segurança.
Entretanto, fui ver como as duas últimas semanas (23 de Abril a 6 de Maio), de aparente redução da incidência da pandemia, evoluíram em termos de óbitos oficiais por covid-19, e comparei com o período de 15 de Março (primeira morte oficial por covid) e 22 de Abril
No primeiro período morerram 820 pessoas em 39 dias (21 óbitos por dia), enquanto no segundo período foram 285 (20 por dia). E é aqui que a situação se mostra delicada. A região Norte, que sempre foi a de maior incidência no país, registou apenas uma ligeira descida da mortalidade média diária, baixando de 12,2 óbitos até 22 de Abril para 11,4 a partir dai. A região Centro registou uma evolução mais favorável (4,6 para 2,4), enquanto que Lisboa e Vale do Tejo regisou um aumento de 3,7 óbitos diários para 6,0. Como já sucedia anteriormente, a covid tem tido uma reduzida incidência no Alentejo, Algarve, Açores e sobretudo Madeira (onde nãos e registou ainda qualquer óbito).

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