Numa época em que o Governo e a já descredibilizada DGS (uma vergonha internacional, o artigo de investigadores da Universidade do Porto sobre a patética qualidade dos dados da covid) só têm olhos de preocupação para os números dos casos positivos , eu olho sim com preocupação para certos números baixos das urgências.
Ali se vê os efeitos do medo insuflado pela Propaganda Mediática, que tem em Rodrgo Guedes de Carvalho o prelado superior.
Com efeito, incidindo a análise apenas nos casos considerados "muito urfentes", pela Triagem de Manchester (os emergentes, cor vermelha, são em menor número e mais variáveis), estive a observar a variação interanual no período 2016-2020 para os dias 1 a 5 de Novembro.
Enquanto entre 2016 e 2019 se observam nestes cinco dias, uma significativa estabilidade de casos "muito urgentes", sempre entre 7.350 e 7.500, este ano registou-se apenas 5.212 casos "muito urgentes".
Como não é suposto que, de repente, a população portuguesa tenha ficado mais saudável, esta quebra de 30% em relação à média é tremenda, e tem apenas uma explicação: medo! Medo de quem, apesar de sentir problemas de saúde que podem ser letais se não houver intervenção médica, se recusa a ir a um hospital por medo de uma infecção que, até agora, afectou 1,8% da população portuguesa e matou menos de 0,03% da população portuguesa.
Muitos destes que não foram ao hospital, e deviam ter ido, acabaram na morgue. E não se vê nenhuma campanha da DGS a dar garantias de segurança e a incentivar a ida às urgências em caso de sintomas graves de outras enfermidades. Estes podem morrer à vontade que ninguém nota.
Fonte: Monitorização Diária dos Serviços de Urgência (SNS, vd. aqui, dashboard 6)
Encontrei o seu blog através dos Jornalistas Pela Verdade. É excelente; em lado nenhum vi o assunto ser tão bem tratado e documentado como aqui. Obrigado.
ResponderEliminarEncontrei o seu blogue através dos Jornalistas Pela Verdade. É excelente; nunca vi o assunto ser tão bem tratado e documentado como aqui. Obrigado
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