Hoje, no FAROL XXI (vd. aqui) abordo a polémica questão dos testes (PCR e antigénio) e a decisão de aumentar os testes. Vejam nesse texto como a testagem em Portugal tem um estranho padrão (vd. gráfico em baixo) e também como, paradoxalmente, um aumento nos testes pode esconder surtos e dar uma falsa ideia de melhoria. Na verdade, como estão a ser feitos, a taxa de positividade dos testes é de uma clara inutilidade na definição de uma estratégia.
Também quero aqui anunciar que o Tiago Franco, a partir da fria Suécia, vai passar, periodicamente, a "enviar-nos" as suas reflexões, que sairão no FAROL XXI sob o título "Notícias a frio da Suécia" (vd. aqui).
----------------- Lead do texto "O estranho padrão dos testes em Portugal ---------------------------------
Os casos positivos à covid-19, em função dos testes PCR e antigénio, e a sua evolução ao longo do tempo, têm sido um dos principais indicadores para sustentar a estratégia do Governo e justificar as restrições impostas aos portugueses. Porém, numa análise mais fina aos dados disponibilizados pela Direcção-Geral da Saúde evidencia-se um estranho padrão nas taxas de positividade desde Novembro e, sobretudo, variações sem nexo de casualidade num evento como uma pandemia. Testar mais só serve para criar mais ruído. Na verdade, como aqui se defende, o “testar, testar, testar” deveria ser antes o “testar com critério, testar bem, testar com rigor”.
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A decisão de aumentar a testagem vai invariavelmente contribuir para um aumento de casos. Se o gold standard para isto é o PCR, o mesmo PCR que acusa a presença de covid em kiwis, copos com Coca-Cola e papaias mas que afirma que o Jorge Jesus estava "limpinho" apesar do seu quadro clínico e uma TAC afirmarem o contrário, então é capaz de vir aí uma 4a ou 5a vaga (já lhes perdi a conta) que muito provavelmente será justificada com uma suposta nova estirpe com origem num qualquer país equatorial porque até para desgraças somos um país importador.
ResponderEliminarO génio Paulo Portas este fim de semana como viu os número baixar significativamente foi peremptório na assunção de que o confinamento resulta.
Nem lhe passou pela cabeça que se as pessoas estão em casa, o número de testes é inferior, o que se repercute num número inferior de positivos (e de supostos positivos).
Também não teve o discernimento necessário para deduzir que após um pico é de esperar uma quebra nos números E segundo os "especialistas", esse pico teria sido atingido a 29 de Janeiro, pelo que duas semanas depois era esperada uma quebra acentuada, o que se verificou. A juntar a isso ainda temos a registar um aumento de temperatura e uma ligeira melhoria a nível meteorológico.
Mas claro que com tantas variáveis a ter em consideração, tudo isto é provavelmente areia demais para o furgão de caixa aberta do Paulo Portas. E se são estas personagens que aparecem a falar em prime time na comunicação social, não é de estranhar que a generalidade dos portugueses ande mal informada. Pena que o Kary Mullis tenha morrido. Neste momento dava jeito um PCR mas para a estupidez.