sábado, 20 de fevereiro de 2021

DO DESFECHO FATAL NA COVID-19 (QUE DEPENDE DO MÊS E DO HOSPITAL)

Novo texto AQUI no FAROL XXI bastante importante, com uma análise inédita.

Vejam lead:

Não é apenas a idade ou as comorbidades que influenciam a probabilidade de sobrevivência à covid-19. Num país, como Portugal, cujo sistema de saúde entrou em verdadeiro colapso em Janeiro, a probabilidade de morrer ou viver depende também muto de se ter tido a sorte ou o azar de contrair a doença no Verão ou no Inverno, sobretudo porque a eficácia no tratamento registada pelos hospitais se mostrou muito distinta ao longo da pandemia. Aqui, no FAROL XXI apresenta-se uma avaliação sobre a evolução da taxa diária de mortalidade dos internamentos ao longo da pandemia, revelando-se também uma inédita análise à eficácia dos hospitais entre Março e Junho de 2020.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

DO PARAÍSO PARA OS NOVOS E DO INFERNO PARA OS VELHOS

Mais uma análise detalhada sobre o que se passou desde o início do ano, desta vez sobre o impacte por grupo etário.

Vejam AQUI.

E também abordo algumas incógnitas, a saber:

Primeiro, não se sabe qual foi o contributo do colapso do SNS quer na perda de eficácia do tratamento dos doentes-covid – a taxa diária de mortalidade dos internados chegou a atingir os 4,5%, quando em Novembro e Dezembro se situava nos 2,5% – quer na do tratamento dos doentes não-covid. 

Segundo, não se sabe o contributo da vaga de frio no agravamento das condições clínicas dos doentes (covid e não-covid) que culminaram em desfechos fatais.

Terceiro, ignora-se o impacte da suspensão da actividade normal desde Março de 2020 do SNS no surgimento ou exacerbação de comorbidades, e que podem ter contribuído muito para a mortalidade covid e não-covid.

Quarto, ignora-se qual foi o contributo dos lares para a mortalidade tanto covid como não-covid.

Quinto, desconhece-se o número de casos fatais cujas infecções por SARS-CoV-2 ocorreram no próprio estabelecimento hospitalar onde os doentes já se encontravam internados por outras causas, ou seja, não se sabe a prevalência da covid-19 como doença nosocomial causadora de morte.

Sexto, desconhece-se até que ponto a metodologia da DGS levou ao “uso abusivo” da covid-19 como causa de morte, sendo necessário saber em detalhe qual o número de vítimas em que o vírus foi identificado em laboratório (e sendo então a morte catalogada com o código U07.1 da OMS), e qual o número de vítimas em que a covid-19 foi apenas apontada como causa provável ou suspeita (código U07.2 da OMS).

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

DOS TESTES E DOS SEUS EFEITOS

Esta noite o FAROL XXI tem um artigo na secção ACTUAL muito importante, e julgo que à prova de fact-checking (excepto se for para confirmar a sua veracidade). 

Não por eu ser o co-autor, mas sobretudo por o outro co-autor ser João José F. Gomes, professor do Departamento de Estatística e Investigação Operacional da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Basicamente, analisa-se se o número de testes na Europa e em diversos países americanos tem uma correlação com os óbitos causados pela p*ndemia. Ou seja, se mais testes vai dar menos mortes; ou se menos testes vai dar mais mortes; ou outra qualquer correlação.

Vejam. Leiam. AQUI.

E divulguem se acharem oportuno. E mais, visitem e sigam a página do FAROL XXI.

DOS GRUPOS E DO RIDÍCULO

Se fossem quatro grupos de peritos, estariam a estudar o uso de quatro máscaras... Se fossem dez grupos de peritos estariam a estudar o uso de uma dúzia de máscaras, porque "à duzia é mais barato".

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A gestão da pandemia em Portugal teve um triste resultado: a perda de eficácia no tratamento hospitalar em Janeiro levou que, em vez de 25 pessoas a morrerem por dia, tivéssemos 45. Isto culminou num impressionante pulo de Portugal na lista dos piores países mundiais. Actualmente estamos já na sexta posição, apenas atrás da Bélgica, Eslovénia, Reino Unido, República Checta e Itália. 

Notem, ainda bem que o Mundo não é como Portugal. Se a mortalidade em todos os países fosse proporcionalmente idêntica à do nosso país, teriam já morrido 11.824.405 (onze milhões, oitocentos e vinte e quatro mil, quatrocentos e cinco óbitos). Felizmente, as coisas não estão, por esse mundo fora, como em Portugal. Até agora faleceram "apenas"2.425.416. Ou seja, ainda bem que outros não beneficiaram do "milagre português"

Vejam as estatísticas e muito mais textos no FAROL XXI em https://farolxxi.pt/.../covid-na-uniao-europeia-e-no.../

Hoje foram colocados também interessantes textos de Edite Amorim e Tiago Franco na secção Vértebras. E mais ainda, temos novo contos na secção Distopias da Raquela Ochoa (vd.aqui).

Aproveitem para seguir a página no FB do Farol XXI.

Site do FAROL XXI.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

DO ESTRANHO PADRÃO DOS TESTES EM PORTUGAL - FAROL XXI

Hoje, no FAROL XXI (vd. aqui) abordo a polémica questão dos testes (PCR e antigénio) e a decisão de aumentar os testes. Vejam nesse texto como a testagem em Portugal tem um estranho padrão  (vd. gráfico em baixo) e também como, paradoxalmente, um aumento nos testes pode esconder surtos e dar uma falsa ideia de melhoria. Na verdade, como estão a ser feitos, a taxa de positividade dos testes é de uma clara inutilidade na definição de uma estratégia.

Também quero aqui anunciar que o Tiago Franco, a partir da fria Suécia, vai passar, periodicamente, a "enviar-nos" as suas reflexões, que sairão no FAROL XXI sob o título "Notícias a frio da Suécia" (vd. aqui).

----------------- Lead do texto "O estranho padrão dos testes em Portugal ---------------------------------

Os casos positivos à covid-19, em função dos testes PCR e antigénio, e a sua evolução ao longo do tempo, têm sido um dos principais indicadores para sustentar a estratégia do Governo e justificar as restrições impostas aos portugueses. Porém, numa análise mais fina aos dados disponibilizados pela Direcção-Geral da Saúde evidencia-se um estranho padrão nas taxas de positividade desde Novembro e, sobretudo, variações sem nexo de casualidade num evento como uma pandemia. Testar mais só serve para criar mais ruído. Na verdade, como aqui se defende, o “testar, testar, testar” deveria ser antes o “testar com critério, testar bem, testar com rigor”.

Visitem o site do Farol XXI.

Sigam e divulguem a página dio FB do FAROL XXI.


domingo, 14 de fevereiro de 2021

DOS JORNALISTAS, O VÍRUS QUE ESTÁ A MATAR O JORNALISMO

Deixei de ser meigo nas palavras e na análise ao actual estado do jornalismo português. Aqui segue o início do meu artigo de opinião (VÉRTEBRAS) no FAROL XXI:

"Além das pessoas que perderam a vida, a grande vítima da pandemia tem sido o Jornalismo português. A Imprensa, enfim. Não acredito em teorias da conspiração, nem tão-pouco na tese da intencional manipulação da informação como forma de pagamento do “favor” que o Governo concedeu às empresas de comunicação social ao direccionar-lhes 15 milhões de euros dos nossos impostos. Acredito mais numa deriva disfuncional – mais grave ainda, porque estrutural –, que se iniciou por razões bem-intencionadas (e o Inferno, dizem, está bem cheio delas), mas acabou por se fundir numa Narrativa Oficial, incutida pelo Governo. Por osmose, essa Narrativa colou-se de tal modo à comunicação social que os jornalistas deixaram de questionar, e de se questionarem; de quererem respostas, e darem respostas aos leitores. Afunilaram as fontes e subjugaram-se ao ritmo da Narrativa Oficial. As perguntas incómodas, o must do Jornalismo, atrofiaram-se, emudeceram, eclipsaram-se. Já não existem. "

Podem ler o artigo AQUI.



sábado, 13 de fevereiro de 2021

FAROL XXI - SEMANA 1

O projecto nasceu há uma semana, dentro do espírito da Cidadania XXI. É um espaço de reflexão e cidadania, com todas as componentes que daí devem advir: análise, informação (estatística, também), opinião, e contestação (com humor).

Neste momento, além de bastantes análises inéditas da minha autoria (ACTUAL), podem ver já as participação de um vasto leque de pessoas com excelentes textos de reflexão e/ou de opinião, que aqui elenco: Santana Castilho, Tiago Franco, Ana Lopes Galvão, Eduardo Rêgo, Vítor Pereira, Alfredo Vieira, Paulo Matos, Carlos M. Fernandes. Além destes, o FAROL XXI conta já com textos literários (contos) da Raquel Ochoa (com um pequeno dedo meu; mas haverá mais em breve a solo), do Tiago Salazar e da Gabriela Ruivo Trindade (Prémio Leya, que publicará aqui um pequeno diário). E temos também o humor (delicioso e corrosivo) do MIG. E a mexer nos cordelinhos todos, temos o Tiago Lucena, homem de mil ofícios, que meteu literalmente o site em pé.

Numa semana não se podia exigir mais. Mas, vai haver mais nas próximas semanas, muito mais. 

Obviamente, o vosso apoio, a vossa visita e a vossa divulgação deste projecto é o nosso oxigénio anímico para continuar.

Por isso, visitem e divulguem o site do FAROL XXI.

E sigam a nossa página do FB, aqui: FAROL XXI.

É isto que, por agora, mais vos pedimos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

COMO O COLAPSO DO SNS AJUDOU O VÍRUS A MATAR MAIS

Mais um artigo no FAROL XXI desta vez sobre o colapso do SNS em Janeiro com consequências no aumento estrondoso na mortalidade em Portugal.

Leiam aqui

Eis o primeiro parágrafo:

"O colapso do Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante o mês de Janeiro terá sido responsável por um acréscimo de mortalidade por covid-19, apenas nesse mês, entre 2.070 e 3.556 óbitos. Esta estimativa baseia-se somente no agravamento registado naquele período em termos de eficácia de tratamento dos doentes internados nos hospitais, incorporando, portanto, o aumento dos internados."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

O LADO DESCONHECIDO (E AGORA REVELADO) DOS HOSPITAIS NA LUTA CONTRA A PANDEMIA

Querem saber "coisas" sobre a pandemia? Leiam a imprensa. 

Querem saber o que se passa nos hospitais sobre a covid? Então leiam o meu artigo no FAROL XXI.

Tem informação nunca revelada sobre os registos hospitalares entre Março e Junho de 2020: um retrato do tratamento da covid-19 durante a primeira fase da pandemia, que permite análises muito interessantes. Leiam e vejam os gráficos.

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O FAROL XXI revela, e analisa em detalhe, os registos hospitalares da primeira fase da pandemia – informação nunca revelada pelas autoridades de saúde. Saiba aqui, em primeira-mão, quantas crianças, adultos e idosos foram internados, quanto foram para cuidados intensivos e quais os níveis de sobrevivência. Nem tudo são boas notícias, mas, decididamente, não estamos perante uma catástrofe que pode aniquilar qualquer um ao virar da esquina. Na verdade, a pior notícia é a contínua manipulação dos efeitos da pandemia por falta de informação detalhada.

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DA DÚZIA

Conto 12 pessoas nesta foto numa área que será inferior a 10 metros quadrados. Não pode ser, minhas senhoras e meus senhores... Vou ja ali queixar-me à PSP e à DGS desta violação das normas de segurança. De certeza que o ministro da Administração Interna e a ministra da Saúde não vão tolerar esta bandalheira...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

DO MILAGRE LUSITANO LIDERADO POR COSTA & MARCELO

Portanto, em mortalidade relativa, a gestão genial de Costa & Ca. Lda. já está pior do que o Brasil de Bolsonaro, a Suécia de Tegnell, a Espanha da Primeira Onda e, amanhã, ficará pior do que as Terra do Tio Sam que foi do Trump.

Sem hidroxicloroquina (muito bem!), com muitas máscaras (muito bem!), com lockdowns (muito bem!), com encerramentos antecipados e horários curtos para causar aglomerados nos supermercados (muito bem!), com transportes públicos a abarrotar porque de lá não surgem infecções (muito bem!), com estados de emergência de que não sei já em quantos vamos (muito bem!), com lares com surtos intermináveis (muito bem!), sem relatórios dos lares porque isso são pormenores (muito bem!), com o SNS de pantanas (muito bem!), com a população idosa presa por arames porque quase não há consultas há um anos (muito bem!), com engenheiros geográficos a fazer epidemiologia (muito bem!), enfim, com tudo isto, estamos no top-10, e continuaremos a subir. O primeiro lugar do tudo-mal está aí à nossa mão. 

DA RADIOGRAFIA ÀS QUATRO SEMANAS DE UM DESASTRE

Não é por ser um texto meu - ou talvez também seja por isso -, mas se quiserem entender o que se passou em Janeiro, este texto é fundamental. Podem não concordar com as minhas interpretações, mas o raio-x é este que os números e os mapas mostram. Deve o Governo meter uma pedra sobre o assunto? Nós deveríamos, como cidadãos, dar essa resposta. A minha é: não.

Link da notícia do FAROL XXI aqui


DA DIGNIDADE E DAS BOAS PESSOAS

Olho o Major Médico Janeiro, director clínico do Centro de Apoio Militar (CAM) e vejo bondade e, assumo, saber. Olho também para o Coronel José Baltazar, director do CAM, e vejo seriedade e, assumo, responsabilidade. Devem ser boas pessoas... E depois vejo um microfone de uma jornalista da TVI a meter cara dentro de uma senhora doente-covid, ainda por cima com mazelas na cara e que nem sequer conseguiu fazer mais do que balbuciar por serem evidentes sequelas de um anterior AVC. Como é possível autorizar uma reportagem desta natureza, minhas senhoras e meus senhores?

Fui jornalista durante mais de 15 anos, e em tempos membro do Conselho Dentológico do SJ, e acho tudo tão absurdo, nojento, execrável. Esta gente - incluo, neste caso, o bondono major Janeiro, o director Baltazar  e a jornalista da TVI - perdeu a noção de dignidade. Da deles e da dos outros. Shame on you! para todos eles.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

FAROL XXI - MAIS NOVIDADES

Novidades no ACTUAL do FAROL XXI. Aconselho o artigo sobre a situação do lar de Mourão, apenas um dos muitos trágicos exemplos do que sucedeu em Abril.

Feedbacks serão bem-vindos.

Link do site: FAROL XXI 

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