quinta-feira, 29 de outubro de 2020

DO DESCONTROLO, CLARO... DOS LARES, MUITO PROVAVELMENTE

Nos últimos tempos tenho sido bastante atacado (já para não falar da censura do FB), por vezes ataques de carácter e de rigor científico, mas, enfim, isto é mais forte do que eu. E, portanto, mais uma análise, mais um alerta. Chamo a atenção que, no futuro, passarei a escrever a doença como DIVOC e o agente como SRAS-VoC-2 para tentar contornar a censura que o FB anda a colocar aos posts sobre estas matérias.

Face à falta crónica de transparência da DGS (que impede que se tenha facilmente acesso aos casos positivos por idade, bem como os dados da mortalidade, pois os seus boletins "apagaram essa informação... tem de se recorrer aos jornais), nem semnpre é fácil fazer o acompanhamento da evolução. Contudo, fiz agora, recorrendo a informação dos jornais e aos dados da população do INE, uma comparação da incidência diária da DIVOC (casos positivos) por grupo etário (em função da população) em dois períodos distintos; 5-22 de Outubro (18 dias) e 23-27 de Outubro (5 dias).

Além do já conhecido aumento de casos positivos, aquilo que ressalta à vista é o aumento generalizado  da incidência em todas as faixas etárias, mas sobretudo com especial gravidade nos maiores de 80 anos, o grupo mais vulnerável e que integra grande parte dos utentes dos lares.

Com efeito, a incidência diária de casos positivos nos maiores de 80 anos passou de 17 por 100.00 pessoas desse grupo no primeiro período (5-22 out) para 31 no segundo período (23-27out). É um aumento de 80% na incidência no grupo que mais contribui para as mortes por covid (duas em cada três mortes por DIVOC são de maiores de 80 anos). De imediato isso justfica o aumento da mortalidade nos últimos dias e que se agravará nas próximas semanas...

O aumento da incidência é generalizado, como podem observar no gráfico, mas maior na população activa (20-59 anos), diminuindo com a idade. Os valores nos grupos dos 60-79 anos são já muito mais baixos do que nos grupos da população em idade activa mais jovem, mas depois sobe bastante no grupo dos maiores de 80, a faixa etária onde se encontram muitos dos 100 mil utentes dos lares. 

Ora, era suposto os mais  idosos estarem com os mais baixos níveis de incidência se, por exemplo, nos lares as medidas profilácticas estivessem a ser adequada e eficazmente aplicadas. E isto indicia que não estão. Mas sobre os lares portugueses pouco se sabe (excepto, sem se ter acesso a qualquer base de dados que são responsáveis por 40% das mortes por DICOV em Portugal). Continuamos no absurdo de ser mais fácil saber nos lares no Reino Unido, por exemplo, do que em Portugal). E a imprensa não achar nada estranho.

Tenho defendido, desde Março, que a luta contra a DIVOC é sobretudo uma luta ao nível da protecção dos grupos vulneráveis em lares. Não vale a pena confinar 100% da população, fazer lockdowns e recolher obrigatório, meter máscaras na rua e em todo o lado, se depois, nos lares, a DIVOC se espraiar tão ou mais facilmente como na população cá fora.

Tenho defendido, com evidências (e não sou só eu, claro), que o problema da DIVOC não é uma questão de número de casos, mas sim de quantidade de casos na população idosa, e isso consegue-se com especiais cuidados (e sem desleixos) sobretudo nos lares.

Para terem ideia daquilo que digo, façamos um exercício simples, extrapolando as taxas de letalidade distintas entre grupos etários. Se porventura tivessemos 400 mil casos positivos (um absurdo, claro!) na nossa população com menos de 40 anos haveria talvez no máximo 60 óbitos; se tivermos esses 400 mil casos na nossa população de mais de 80 anos as mortes talvez se aproximassem das 60 mil. Vejam isto, obviamente, apenas como mero exercício de comparação para destacar as diferenças brutais em termos de letalidade nos grupos etários. 

Resumindo e concluindo: mais do que andar com medidas e medidinhas sem nexo, convinha saber ao certo aquilo que o Governo anda a fazer (ou deixar de fazer) nos lares. Foi sempre aí que se jogou a questão fulcral da DIVOC.



quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DAS MÁSCARAS NA RUA OU DO PÂNICO POLÍTICO QUE O POVO PAGA CARO

O Governo italiano entrou em pânico no início de Outubro, quando a incidência de novos casos positivos por dia naquele país era inferior a 50 por milhão de habitantes (média móvel de 7 dias). Os valores estavam mais baixos do que, por exemplo, na Suécia, que então rondava os 60, e muito abaixo dos de Portugal (então próximos dos 80).

Decidiu assim o Governo italiano, ainda no dia 3 de Outubro, impor o uso de máscaras nas ruas de Roma; três dias mais tarde em todo o país. 

Os resultados foram catastróficos, mesmo descontando ser expectável, pelo perfil de sazonalidade do SARS-CoV-2 (similar aos vírus e bactérias que causam infecções respiratórias), um incremento de casos no decurso do Outono (e continuará a aumentar no Inverno).

Com efeito, se olharem para a evolução dos novos casos positivos na Suécia - que não usa nem nunca usou as máscaras como estratégia anti-covid em nenhuma circunstância -, observa-se um incremento desde Setembro, que acelerou em Outubro. Mas não é uma situação surpreendente, antes sim expectável, e que apenas deve merecer atitudes racionais e manter um sistema de saúde a jusante que faça uma gestão adequada dos casos mais graves do ponto de vista clínico. Sem histerias, sem dramas, sem chinfrim, sem pânico.

O crescimento de casos na Suécia (sem máscaras, repita-se) não aparenta descontrolo. A actual incidência neste país nórdico (143 novos casos diários por milhão de pessoas) é, actualmente, metade da Itália (308 casos por milhão). Repita-se: a Suécia teve isto sem máscaras; Itália teve um crescimento na incidência por milhão de habitantes de quase quatro vezes depois de obrigar os seus cidadãos a usar máscaras "até ao tutano". 

Aliás, notem bem o gráfico. Esta clara divergência observou-se "apenas" quando a Itália impõs máscaras na rua.  Antes isso, ao longo de todo o mês de Setembro, Itália e Suécia tinham incidências similares. E notem também que a curva de crescimento da Itália, que é assustadora, não dando ideia de estar para achatar.

Mesmo assim, mais preocupante parece-me ser o futuro em Portugal. Se o efeito contraproducente das máscaras nas rua em Itália - que me parece evidente - se repetir em Portugal, os próximos tempos não vão ser nada agradáveis, Com efeito, a incidência de novos casos em Portugal, que já era relativamente elevada em Setembro, está actualmente a níveis próximos dos de Itália. Bem sei que uma grande parte dos casos positivos são falsos positivos, mas não me surpreenderia que a situação se descontrolasse ainda mais por causa do suposto "remédio", leia-se, imposição de máscaras nas rua. 

E, neste caso, se as máscaras na rua forem indutoras de um aumento das infecções, vamos dar-nos muito mal. Porque, nesse caso, são infecções reais que, se atingirem grupos vulneráveis, causará um aumento significativo de mortes. E a culpa não será do SARS-CoV-2, mas sim da estratégia política.  

Fonte: Worldometers.



DA FARSA DE UMA "ESPÉCIE DE PNEUMONIA" CHAMADA COVID

Segundo dados da Plataforma da Mortalidade, as infecções respiratórias (código J200-J22 do CDI-10 da OMS) foram responsáveis, entre Março e Outubro, por 3.433 mortes de pessoas com mais de 70 anos no período 2014-2018. E sem grandes variações interanuais.

A covid-19 matou em período (quase) homólogo, entre 1 de Março e 26 de Outubro deste ano, 2.031 pessoas com mais de 70 anos. 

Entretanto, os episódios das infecções respiratórias regrediram este ano, entre Março e Outubro, cerca de 60%, totalizando até 28 de Outubro apenas 91.099 casos (dados do SNS). A média em período homólogo de 2017-2019 (anos disponíveis pelo SNS) é de 228.212 casos. Será, por isso, de admitir que em 2020 a mortalidade nos maiores de 70 anos por infecções respiratórios entre Março e Outubro tenham sido apenas 40% do habitual, ou seja, 1.373 óbitos.

Significa isto que se somarmos covid (2.031 nesta faixa etária) e infecções respiratórias (1.373, estimativas para 2020), temos 3.404 mortes entre Março e outubro. Ou seja, um valor "normal", e bem abaixo de 2016.

Porém, enquanto isso (escolham a ordem):

1 - o excesso de mortalidade não-covid é avassalador este ano, sobretudo nos idosos; 

2- nos últimos tempos, o Estado tem alegremente gastado quase 20 milhões de euros por mês em testes PCR (os tais que são bullshit, CR7 dixit) para apanhar sobretudo falsos positivos, dos 98% que nem sequer têm sintomas ligeiros de uma gripe comum, e e alimentar o pânico;

3 - temos o SNS de pantanas;

4 - meteram-nos trapos à força mesmo na rua;

5 - a Economia ficou um desastre;

6 - o desemprego alastra.

7 - os nossos movimentos confinam no concelho em que o Governo nos "autoriza" a (sobre)viver;

8 - e, cereja em cima do bolo, preparam-se para nos meter um recolher obrigatório;

Toda a gente com meia dúzia de neurónios activos tem de deixar de pactuar com esta farsa. Esta farsa tem de acabar!

Fonte: Portal da Mortalidade em Portugal (SNS, disponível aqui); Monitorização da Gripe e Outras Infecções Respiratórias (SNS, vd. aqui). Dados da mortalidade por grupo etário nos jornais, porque a DGS "apagou" esssa informação dos seus boletins.



terça-feira, 27 de outubro de 2020

DO SARS-COV-2, ESSE COMILÃO DE VÍRUS E BACTÉRIAS

Já aqui tenho referido a brutal diminuição da ordem dos 60% das infecções respiratórias desde que a pandemia da covid surgiu em Portugal no mês de Março, que pode ter explicação nas medidas de distanciamento social.

Porém, em Outubro está a surgir outro "fenómeno", este sim bastante estranho: à medida que este mês outonal avança, os casios positivos de covid estão a aumentar consideravelmente (mais testes, mais testes, mais testes, mais falsos positivos), mas estranhamente, ao arrepio da habitual tendência de agravamento neste período do ano, as gripes e as infecções respiratórias registadas pelo SNS estão a descer abruptamente.

Reparem no gráfico: na primeira semana de Outubro, registaram-se uma média diária de 521 episódios de infecções respiratórias e 877 casos positivos. Nos dias e semanas seguintes vê-se um crescimento da covid mas uma redução da actividade dos outros vírus e também bactérias que causas infecções como pneumonias, bronquites e gripes. Resultado: em comparação com a primeira semana, no período de 22-26 de Outubro observa-se um crescimento de 240% das infecções diárias por SARS-CoV-2, enquanto que para as outras infecções observa-se uma redução de quase de 40%.

Explicação absurda para o Polígrafo da SIC desmentir: o SARS-CoV-2, antes de infectar pessoas, anda a comer ao pequeno-almoço os vírus da gripe, ao almoço papa Streptococcus pneumoniae, lancha pela tardinha uma dose de adenovírus, deglute ao jantar uma dose de Kiebsiella pneumoniae temperado de pseudomonas, e termina com uma ceia leve de Mycoplasma pneumoniae. E é por isso que, cheio de força, tem atacado tanta gente, enquanto os outros vírus e as bactérias, coitados, destroçados por estes ataques, acabaram infectando muito menos gente do que seria expectável ao longo das últimas semanas.

Explicação sensata: isto é tudo uma grande aldrabice mal contada.

Fonte: Boletins diários da covid (DGS); Montorização da gripe e outras infecções respiratórias (SNS), disponível aqui.



DAS CULPAS DO MORDOMO, DE SEU NOME SARS-COV-2

Em Março, no início da pandemia - e escrevi sobre isso -, não tenho dúvidas sobre as mortes por covid se terem iniciado ainda na primeira quinzena, por via do aumento anormal da mortalidade total antes do anúncio oficial da primeira morte.

Depois dessa primeira fase, e sobretudo com o recurso massivo aos testes PCR, sucedeu o oposto. Quem morresse com um teste positivo, a menos que tivesse sido trucidado por um comboio, certo e garantido que ficava catalogado como "morto covid".

Não sendo médico, estas certezas absolutas no número de mortes por covid causam-me bastante espanto e estranheza, sobretudo porque os contextos desses desfechos fatais não são "cristalinos, em especial em idosos. Os seus quadros clínicos nem sempre são claros e, como se destaca nas estatísticas mais detalhadas do CDC norte.-americano, à covid associa-se, muitas vezes, outras doenças, com as pneumonias à cabeça.

E escrevo aqui pneumonias, mas deveria acrescentar bronquites, gripes (que directamente matam pouco) e outras infecções respiratórias, que no conjunto "ceifam" que se fartam.

Porém, aquilo que me causa mais espanto, como escrevia, é a certeza absoluta da DGS (e de outras congéneres estrangeiras) na catalogação dos óbitos covid, ou seja, na identificação do SARS-CoV-2 como agente causador do óbito. Isto porque, na verdade, no caso das pneumonias e afins não se em conseguidos, nos cerificados de óbitos, tantas certezas. 

Com efeito, analiando a Plataforma da Mortalidade, para os anos de 2014 a 2018, observa-se que, usando a classificação internacional da OMS (CID-19, abrangendo, para esta análise os códigos J100 a J22), pode ser declarado como agentes da morte por infecções respiratórias uma longa lista de vírus e bactérias, a saber: diversos vírus da gripe, adenovírus, vírus sincicial respiratório, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza, pseudomonas, estafilococos, estreptococos, Mycoplasma pneumoniae e até a babal Escherichia coli.

Pergunta de um milhão: mas consegue-se, em todos os casos, saber quais destas "bichezas" foi a culpada em cada caso? Resposta: nem pensar. Em 2014 apenas se identificou o agente em 3,5% dos casos de infecções respiratórias; em 2015 foi apenas 4,1%; em 2016 de 5,0%, em 2017 de 4,5%; e em 2018 chegou-se aos 6,3%. No resto (ou seja, em cerca de 95% dos casos), o agente infeccioso não foi identificado. Ou seja, a culpa morreu solteira.

Contudo, na actual pandemia, tem-se sempre a certeza absoluta, absolutérrima, que, se há teste positivo PCR, está garantido que o SARS-CoV-2 arcará sempre com as culpas se houver óbito... mesmo se outras "bichezas" se aproveitem para dar a facada final. O SARS-CoV-2 é, na verdade, um mordomo de um policial de série B.

Fonte: Plataforma da Mortalidade em Portugal (DGS), consultável aqui



segunda-feira, 26 de outubro de 2020

DO BRINCAR COM A NOSSA SAÚDE OU DA GRANDE MERDA DAS MÁSCARAS NAS RUAS DE ITÁLIA

Não existe nenhuma evidência científica de as máscaras na via pública contribuirem para uma redução efectiva das infecções. 

Mas os Froes desta vida, aproveitadores-mores da pandemia, acham agora que devemos ter trapos na boca durante todo o dia; os Costas desta vida, que querem mostrar serviço, querem-nos com trapos na boca todo o dia; e mais ainda os Sousas desta vida, que saudosos das selfies e nos querem pôr hipocodríacos, querem-nos com trapos na boca todo o dia. A imprensa, entretanto, está agora em outra cruzada; além das máscaras, "descobriram" que há um risco elevado de infecção se falarmos alto. Mesmo com máscara. Calemo-nos todos, não é? 

Entretanto, vejam a grande merda - desculpem não tenho outras palavras - que resultou da imposição das máscaras nas rua de Itália. Quando a decisão foi tomada existiam 2.677 novos casos positvos. Passados 18 dias subiu para 21.273 novos casos positivos (contabilizados no período de 24 horas). Uma subida de 735%... quando era suposto contribuir para uma descida de casos. 

Entretanto, a Suécia, onde não se usa máscara em nenhuma situação, teve uma subida de apenas 28% de novos casos entre 6 e 25 de Outubro, acompanhando uma tendência habitual em infecções respiratórias ao longo do Outono. Repito: não se usa máscaras nem nos transportes públicos. 

Andam a brincar com a nossa saúde e as nossas vidas. Bandalheira causada por bandalhos!



DO AVISO

Agradeço aos meus poucos amigos e amigas que se afastem de mim durante os próximos 70 dias, se me virem na rua. Vou fazer todos os esforços para garantir o distanciamento social enquanto andar nas ruas, de modo a não ter de meter trapo na cara em pleno ar livre. Prefiro não falar convosco ao vivo do que colaborar numa fantochada sem nexo e que, como se tem visto noutros países, até contribui para o aumento de casos positivos (vd. Itália). Sobre máscaras em zonas fechadas e com ajuntamentos (e.g., transportes públicos) vou continuar a cumprir.



DO "MILAGRE PORTUGUÊS" QUE NOS COLOCA NO GRUPO DOS PIORES OU DO "NEM SÓ DE COVID SE AVALIA UM SISTEMA

Nos últimos dias fiz uma análise cruzada de dois indicadores simples (keep simple) que revelam, por um lado, o impacte da covid e, por outro, como esse impacte se reflectiu no Sistema de Saúde dos países, sendo que o output é a variação da mortalidade total. Estão incluídos na análise 21 países da OCDE, tendo sido incluídos aqueles que tinham dados até Setembro de 2020, bem como as médias dos anos anteriores em período homólogo  (vd. metodologia em baixo).

Simplificando a análise, encontramos cinco grupos:

Grupo 1 - Situação má - inclui países com mortalidade por covid num nível médio a elevado e simultamente indícios de colapso do seu sistema de saúde (ou seja, agravamento da mortalidade total superior ao peso da covid)

* Chile

* Espanha

* Estados Unidos

* Reino Unido

* Holanda

* PORTUGAL   

* Israel


Grupo 2 - Situação sofrível - inclui países com mortalidade por covid num nível bastante elevado mas com bons indícios de ausência de colapso do seu sistema de saúde (ou seja, agravamento da mortalidade total inferior ao pesod da covid)

* Bélgica

* Suécia

* França


Grupo 3 - Situação razoável - inclui países com mortalidade por covid baixa (menos de 2% da mortalidade total) mas com ligeiro agravamento da mortalidade não-covid, embora em níveis baixos.

* Polónia

* Áustria

* Finlãndia

* Islândia


Grupo 4 - Situação boa - inclui países com mortalidade por covid superior á média mas com muito baixo agravamento da mortalidade total, reveladora de um bom funcionamento do seu sistema de saúde pública para afecções não-covid.

* Suíça

Grupo 5 - Situação excelente - inclui países com muito baixa mortaldide por covid (geralmente inferior a 2% do total) e com um muito ligeiro aumento da mortalidade total (menos de 1% em relação à média) ou mesmo uma redução, revelador de um sexcelente sistema de saúde pública.

* Alemanha 

* Estónia

* Dinamarca

* Noruega

* Nova Zelândia

* Bulgária

* Lituânia

* Hungria

* Letónia


Fonte: Our World in Data  (https://ourworldindata.org/excess-mortality-covid) e Worldometers, com tratamento de dados, segundo a seguinte metodologia: 1) cálculo da mortalidade total em 2020 até 20 de Setembro [excepto Hungria, França e EUA (até 6 de Setembro) e Nova Zelândia, Alemanha e Suíça); 2) cálculo da mortalidade por covid até até  respectiva data de referência, permitindo assim saber o peso da covid na mortalidade total; 3) cálculo da média dos cinco anos anteriores até à data de referência, permitindo assim saber a variação da mortalidade total em 2020 em relação à média.





DAS ONDAS QUE NÃO SE VÊEM

O Dicionário Houaiss refere que ONDA, por metáfora ou extensão de sentido, é uma força impetuosa; agitação, movimento intenso; ímpeto, torrente, tumulto; movimento sinuoso, ondulatório; ondulação, sinuosidade.

Sobre a omnipresente covid, a nossa imprensa - e julgo que quase toda a nível internacional, sobretudo nos países em histerismo colectivo - insiste em torná-la omnipotente e garante estar aí a SEGUNDA ONDA, que pode mesmo ser um TSUNAMI.

Predispus-me a calcular rapidamente as médias diárias de óbitos, por quinzena, e desde Março, para todo o Mundo, de modo a saber se o "bicho" mostra maior "ferocidade" ao longo dos meses, e que nos faça temer por um recrudescimento da gravidade da situação.

Efectivamente, e como se sabe, houve uma subida abrupta a partir de Março e até à primeira quinzena de Abril (6.679 óbitos por dia), seguindo-se uma descida de 36% até à segunda quinzena de Maio (4.236 óbitos), e depois uma subida até Julho para patamares entre 5,000 e 5.850 óbitos por dia, com pequenas flutuações sazonais (Verão-Inverno em função dos hemisférios). Ou seja, desde Julho, a agressividade da covid está estável: mata por dia 5.427 pessoas. Em média, por dia, morrem em todo o Mundo quase 162 mil pessoas.

Não há, assim, e pela evolução recente, qualquer sinal que indicie estar aí uma "segunda onda" pior do que a da Primavera, embora até julgue que possa surgir um aumento de mortes durante o Inverno por covid, sobretudo se a a incidência da pneumonia continuar em níveis muito baixos.

E muito menos me parece que venha aí qualquer crise apocalíptica para a Humanidade por causa da covid, sobretudo tendo em conta a estabilidade nos óbitos nos Estados Unidos e a tendência decrescente na Índia e Brasil. Estes três país contribuíram, até agora, com 44% do total de mortes por covid (e eles são 25% da população mundial).

Mesmo na Europa, apesar da subida nos óbitos neste mês de Outubro, não se observa evoluções similares às ocorridas em Março. Por exemplo, na Espanha a mortalidade mantém-se desde a segunda quinzena de Setembro em níveis estáveis, se se considerar a média de 7 dias. Na Itália, é certo que se passou de níveis em torno de 20 óbitos por dia no início de Outubro (dia 1) para 113 no dia 24. Mas notem que, em Março, foram precisos apenas seis dias para se passar dos 20 para mais de 100 óbitos, e ao fim de 17 dias ultrapassaram-se os 500 óbitos. Bélgica e Reino Unidos, fustigados na Primavera, estão com uma tendência de subida da mortalidade mas com um perfil de crescimento suave, e justificável numa doença que apresenta um claro "comportamento" sazonal. Alguns paíes de Leste (e.g. Hungria e Repúlica Checa) apresentam agora valores de mortalidade mais elevada mas deve-se, em grande parte, à baixa incidência na Primavera (e outros factores relacionados com o lockdown).

Pode existir um volte-face e vir mesmo aí o fim do Mundo? Poder, pode sempre. Mas se calhar tem que ser com outro vírus que não o SARS-CoV-2. O histórico da covid (e já existe histórico) não indicia que venha a provocar uma hecatombe mundial nem que haja uma segunda onda ou um tsunami. É efectivamente uma doença preocupante, sobretudo para idades mais avançadas (e certos grupos de risco), como infelizmente sucede com muitas outras (e.g., pneumonias). Mas deve ser tratada com racionalidade.

E eu, pessoalmente, temo mais a irracionalidade do que a covid, temos mais a irracionalidade que vê a covid como se fosse a única doença mundial a causar mortes, levando ao histerimo colectivo que, sim, neste caso, deixa morrer sem glória muita gente por colapso dos serviços de saúde, afectando irremediavelmente a vida em sociedade e desgraçando a Economia.

Ah, falo da Economia, não é? Pois bem, de onde acham que aparece o dinheiro dos Orçamentos da Saúe? Ah, e já agora, convém pagar contas para nos alimentarmos e, já agora, para podermos viver. Ah, e lembrem-se, antes disto, havia um Planeta a salvar por causa das alterações climáticas. Lembram-se?



domingo, 25 de outubro de 2020

DO SABER COMO OS PAÍSES SE "SAFARAM"

Vou, por agora, apresentar-vos dois gráficos para que, mais tarde, talvez amanhã, vos mostrar uma breve conclusão sobre como diversos países de um conjunto de países da OCDE (incluindo Portugal) se comportaram durante a pandemia, não apenas no que diz respeito à mortalidade por covid mas sobretudo nos cuidados assistenciais para as outras afecções. 

Como tenho dito, não vale a pena um país ter um desempenho razoável no combate a uma pandemia quando, em simultâneo, o respectivo serviço nacional de saúde descura tudo o resto. Portugal é um caso paradigmático, como tenho repetido, e esta análise apenas evidencia com factos. E com comparações. Não somos os piores, mas estamos muito longe do "milagre lusitano"; pelo contrário, os indicadores são preocupantes.

Os gráficos que em baixo surgem são os seguintes:

2) Variação (%) da mortalidade total em 2020 (até meados de Setembro) em função da média dos últimos cinco anos. (verde significa que houve redução; vermelho que houve excesso; Portugal está a amarelo)

1) Contributo (%) da covid para a mortalidade total em cada pais ao longo de 2020 (até Serembro, vd, nota final) 

Estes gráficos mostram duas distintas mas complementares perspectivas. Por um lado  revela-se que o impacte da covid (até Setembro) foi muito distinto regionalmente, mesmo na Europa. Por exemplo, enquanto na Bélgica por cada 100 óbitos por todas as afecções, 11 foram por covid, em Portugal foram apenasd 2 e em diversos países do Leste e nórdicos foi inferior a 1. Aliás, a maior incidência e mortalidade por covid no mês de Outubro em alguns países de Leste (e.g. Hungria) não surpreende demasiado. Portugal, neste aspecto, está numa posição bastante razoável, com o peso da mortalidade por covid muito mais baixo do qu Chile, Bélgica, Estados Unidos, Suécia, Espanha, França e mesmo Holanda e Suíça.

Por outro lado, revela-se que a covid levou a estratégias em termos de políticas públicas de saúde (e de Saúde Pública) que tiveram muito distintos efeitos. Com efeito, há um grupo de países que registou mesmo uma redução na mortalidade em relação à média; outros em que a covid teve um impacte mínimo; outros ainda que tiveram um agravamento na mortalidade total que não é explicada apenas pela covid (e.g., Portugal, que tem um excesso de mortalidade de 7,5% quando a covid representou 2,2% da mortalidade total); e outros ainda que, apesar de uma mortalidade elevada por covid, a mortalidade total teve uma variação inferior (revelador de os serviços de saúde terem conseguido dar resposta às outras afecções). Portugal, neste aspecto, não tem ums situação famosa: dos países em análise é o sétimo com maior acréscimo, com a agravante de a variação da mortalidade total ser superior ao peso da covid na mortalidade total. 

Mas uma análise cruzada (com um gráfico que cruza este dois), com maior detalhe, será apresentada mais tarde. E com conclusões para debate.

Fonte: Our World in Data (vd. aqui) e Worldometers, com tratamento de dados, segundo a seguinte metodologia: 1) cálculo da mortalidade total em 2020 até 20 de Setembro [excepto Hungria, França e EUA (até 6 de Setembro) e Nova Zelândia, Alemanha e Suíça); 2) cálculo da mortalidade por covid até até á respectiva data de referência, permitindo assim saber o peso da covid na mortalidade total; 3) cálculo da média dos cinco anos anteriores até à data de referência, permitindo assim saber a variação da mortalidade total em 2020 em relação à média.




sábado, 24 de outubro de 2020

DA COVID QUE MATA MAIS PORQUE A PNEUMONIA ESTÁ A MATAR MENOS

Bem sei que isto vai ser lido por umas poucas centenas de pessoas.. Infelizmente, na ausência de debate racional, não há forma de colocar alguma racionalidade na pandemia da covid, e analisar a globalidade dos problemas de Saúde Pública.

Continuo, talvez infelizmente, nesta minha cruzada quase quixotesca, e elaborei, desta vez, com base em dados exclusivamente oficiais (como habitual) mais dois gráficos:

1º Gráfico - Entre 2017 e 2020, no período entre Março e Outubro (até ao dia 22 para o ano corrente), apresentam-se os episódios (casos positivos) acumulados de gripes, outras infecções respiratórias e covid (obviamente só para 2020).

Um aspecto interessante é a fortíssima redução de episódios de gripe (que continuam a existir, embora em menor número, na Primavera e Verão) e sobretudo de outras infecções respiratórias (com pneumonias à cabeça). A descida destas infecções respiratórias anda na ordem dos 60%. Em relação ao ano passado, em período homólogo, a queda é de 65%. Se se somar os casos positivos de covid (112.440 até 22 de Outubro), as infecções respiratórias estão com valores abaixo da média de anos anteriores, Se considerarmos que uma parte substancial são falsos positivos ou infectados assintomáticos (ao contrário do que sucede nos episódios de gripe e infecções respiratórias reportados), não direi que o ano de 2020 seja uma "coisa" de pânico.

2º Gráfico - Apresentam-se os óbitos por infecções respiratórias e covid entre Março e Outubro para os anos de 2017 a 2020 entre Março e Outubro.

Este gráfico ainda é mais interessante, mas proscrito para qualquer debate. Basicamente, compara a mortalidade por pneumonias, bronquites e infecções afins (de acordo com a classificação da OMS de causa de morte, indo do código J100 a J22) nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 (entre Março e Outubro) e acrescenta os óbitos de covid a este último ano. Os dados de 2017 e 2018 são reais (SNS) e os de 2019 e 2020 para as infecções respiratórias são estimativas em função das taxas de letalidade apuradas para 2017 e 2018. Basicamente, para calcular os óbitos de 2019 e 2020,  multiplicou-se a taxa de letalidade média daqueles dois anos (1,65%) pelo número de infecções respiratórias no períodos reportados pelo SNS.

Tópico principal para um debate sério: a mortalidade causada pela pandemia da covid é tão grave (ou não) que "apenas" consegue matar uma quantidade mais ou menos equivalente às vidas poupadas pela abrupta diminuição das pneumonias e afins. Ou seja, quase se pode dizer que aquilo que a pneumonia não matou, matou a covid. Isto, obviamente, não é uma relação directa (seria estúpido concluir isso). Aquilo que aqui se mostra é que a covid não é nenhum "papão" (comparando-o com as pneumonias e afins) nem está a causar qualquer hecatombe de mortes do foro respiratório. Mostra mais ser aquilo que já deveríamos saber: é uma doença oportunista. 

Nota: Este e outros textos podems ser lidos no blog "Nos Cornos da Covid" em https://noscornosdacovid.blogspot.com/ . Fonte: Plataforma da Mortalidade (SNS, vd. aqui) e boletins da covid (DGS).




DAS MORTES POR MEDO

Enquanto o discurso do medo alimenta a pandemia, as mortes evitáveis aumentam. Enquanto o discurso da alegada falta de camas hospitalares para a covid impera, a fuga às urgências mantém-se. E as mortes por afecções não-covid aumentam para níveis insanos.

Cada vez mais fico abismado com as evidências de uma crise de Saúde Pública que passa despercebida em Portugal: as mortes evitáveis, que parecem não chocar ninguém. Neste post coloco três gráficos para vossa apreciação:

1 - Excesso de mortalidade no período de 12 a 22 de Outubro em relação à média (2009-2019)e contributo da covid e das afecções não-covid. Apesar do crescimento dos óbitos por covid, estes são em menor número: 182 contra 323.

2 - Evolução, entre 12 e 21 de Outubro, para todas as unidades hospitalares, do número de episódios emergentes (pulseira vermelha da Triagem de Manchester) para o ano de 2020 e para a média dos anos de 2017-2019.

3 - Evolução, entre 12 e 21 de Outubro, para todas as unidades hospitalares, do número de episódios muito urgentes (pulseira laranja da Triagem de Manchester) para o ano de 2020 e para a média dos anos de 2017-2019.

Reparem apenas na queda brutal sobretudo nos casos "muitos urgentes", em que existe perigo de morte se não houver um atendimento rápido. Não estamos a falar de casos pouco urgentes que enchem desnecessariamente as urgências (a Triagem de Manchester tem mais três cores de pulseiras abaixo da laranja). Estes são os casos graves que necessitam mesmo de assistência médica imediata, de contrário o risco de morte é certo ou elevadíssimo em pouco tempo. Ora, temos aqui, só para os casos muito urgentes, uma descida de 30%. Foram menos 468 atendimentos "muito urgentes" por dia!

Poder-se-ia pensar que, de repente, a população portuguesa começou a ser saudável, e a não ficar com tantas afecções súitas e graves (que representam as pulseiras vermelha e laranja),. Mas se esse milagre estivesse a suceder, então não teríamos o excesso de mortes que assistimos paulatinamente desde a Primavera.

Na verdade, aquilo que estes gráficos mostram é uma coisa simples e tenebrosa: com a campanha de alarmismo da covid, muitas pessoas têm medo de ir ao hospital mesmo quando se sentem muito mal. Muitas acabam por "visitar" a morgue pouco depois.

E a DGS, Ministério da Saúde e uma parte muito considerável dos médicos assobia para o ar. E uma "coisa" outrora chamada Imprensa, nada. Tudo para a covid. Tudo para a morte. Silenciosa. A loucura de uma sociedade é isto que estamos a assistir.

Fonte: SICO-eVM para o primeiro gráfico); Monitorização dos Serviços de Urgência (SNS, dashboard 6, que pode ser consultado aqui).





sexta-feira, 23 de outubro de 2020

DA LOUCURA, DO POLÍGRAFO OU DA VERDADE SOBRE A LETALIDADE DA COVID E DAS PNEUMONIAS

A covid é doença perigosa? Vamos responder que sim. Com base nas mortes oficialmente atribuídas, e com base nos casos positivos oficialmente confirmados, temos uma taxa de letalidade de 2,02% (até 22 de Outubro).

Ora, mas essa taxa de letalidade justifica esta histeria e todas as medidas absurdas que se estão a tomar? Se sim, porque nunca se fez o mesmo com a generalidade das infecções respiratórias? Sim. Comparemos a covid com as "banais" infecções respiratórias.

De facto, a menos que inventem um Polígrafo que transforme a verdade em mentira, feito pela cambada de ignorantes que pululam as redacções (desculpem, deixei de medir as palavras), os dados que aqui apresento são à prova de desmentidos. Considerando, nos períodos de  Março a Outubro dos anos de 2017 e de 2018 (infiormação disponível), as infecções respiratórias (que incluem os episódios de gripes) contabilizads pelo SNS (que assim correspondem a casos positivos) e a mortalidade por infecções respiratórias (pneumonias, bronquites e afins, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID 10 da OMS, que vai do código J100 até ao J22) , temos uma letalidade de 1,68% em 2017 e de 1,61% em 2018.

Ou seja, todos este escarcéu, todo este colapso no SNS, todo este colapso na Economia, todo este colapso das relações sociais, todos este colapso nos direitos constitucionais, tem sido por causa de uma doença que apresenta uma taxa de letalidade superior em míseros 0,4 pontos percentuais à das pneumonias e doenças respiratórias afins.

Isto é de loucos!

Nota: Para os cálculos da letalidade, além dos dados dos boletins da covid da DGS, usaram-se os dados das infecções respiratórias do SNS (vd. aqui) e os dados da mortalidade para as infecções respiratórias em 2017 e 2018, seleccionando em ambos os casos o período Março-Outubro (inclusive) para as doenças com os códigos J100 a J22. Em 2017, registaram-se 3.479 óbitos deste grupo de doenças neste período e 206.576 infecções respiratórias; em 2018 registaram-se 3.721 óbitos e 231.220 infecções. Não há dados de mortalidade por causas em 2019 e 2020 para as infecções respiratórias, mas posso adiantar que se registou uma brutal diminuição das infecções respiratórias em 2020. Escreverei, em breve, sobre isso...



DA ELITE OU DO FIM DA DEMOCRACIA

 Mesmo admitindo, por absurdo, que existe um risco elevado de contaminação num espaço aberto como um cemitério, o Governo decidiu decretar a proibição de deslocamentos entre concelhos. Encerrar os cemitérios não bastava? Não! Fechar um espaço não chega para estes democratas. Decretar “não fazes isto, porque eu quero que não faças” é muito melhor; causa-lhes um prazer próximo do orgasmo. Porém, isto de proibições não é para todos. Reparem: a proibição não incluiu “titulares de cargos políticos e magistrados”. Gente fina é outra coisa.



DAS BICICLETAS QUE FORAM GIRAS E DA PRUDÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Sou adepto das bicicletas eléctricas numa cidade como Lisboa, sobretudo em deslocações com subidas. O grande problema é a autarquia lisboeta continuar a achar que é giro criar um serviço mas depois deixá-lo avacalhar. Há meses que achar uma bicicleta eléctrica funcional do GIRA é mais difícil do que encontrar agulha em palheiro. 

Hoje cheguei a percorrer vários spots para encontrar uma. Peguei nela e 300 metros à frente pifou. A alternativa para me locomover para uma consulta de documentos na zona da Praça de Alvalade seria seguir de metro. 

Ora, eu, que não sou adepto de máscara na rua (por irrelevantes é contraproducentes), acho que deveria encontrar-se boas alternativas, nesta fase, para o uso de transportes públicos, que são locais de risco, sobretudo para desanuviar a sua utilização e diminuir o risco de infecção (como sustenta, por exemplo, a Agência de Saúde Pública da Suécia). As bicicletas são uma extraordinária alternativa, mas a autarquia de Lisboa em vez de melhorar o serviço, deixa que piore.

Desse modo, falhei a consulta de documentos informando a entidade, por e-mail, que “por razões de prudência epidemiológica, tomei a precaução de não me deslocar esta semana às vossas instalações”.