quarta-feira, 4 de novembro de 2020

DO JORNALISMO PÉ DE MICROFONE OU DO ESQUECIMENTO DOS 100 MIL PORTUGUESES MORTOS COM EXCEPÇÃO DOS QUE SE FINARAM POR COVID

Não me admira que, vidrados como estão nos números da covid e mais covid e ainda mais covid e mais covid ainda, não haja qualquer jornalista que queira anunciar que Portugal chegará hoje aos 100 mil óbitos... por todas as causas.

E não me admira por três razôes: 

1) estão tão entretidos com a covid, e mais covid, e só covid, que nem sequer se apercebem que há mais perigos nesta vida do que a covid.

2) ao anunciar 100 mil óbitos teriam de admitir que menos de 2,7% foram causadas por covid e que termos chegado tão cedo no ano a essa cifra se deveu ao excesso de mortes por outras causas (leia-se, estado de sítio do SNS), que superam os 7%.

3) neste momento, a imprensa só segue a narrativa oficial, e andam  excitadíssimos com as restrições e a possibilidade de um recolher obrigatório.

Para se ter uma ideia da situação anómala deste ano, e não foi por causa da covid, vejam em que dia se chegou à fasquia dos 100 mil nos anos anteriores:

2009 - 17 de Dezembro

2010 - 12 de Dezembro

2011 - 23 de Dezembro *

2012 - 6 de Dezembro

2013 - 11 de Dezembro

2014 - 17 de Dezembro

2015 - 2 de Dezembro

2016 - 3 de Dezembro

2017 - 4 de Dezembro

2018 - 18 de Novembro

2019 - 23 de Novembro

2020 - 4 de Novembro



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