segunda-feira, 11 de maio de 2020

DA COVID QUE JÁ NÃO MATA TANTO E DOS 'VELHINHOS' QUE MORREM MAIS

Sei bem que não é tema agradável estar sempre a falar disto, mas muito pior do que falar de mortes é deixar que elas sucedam sem questionar. Mas, enfim, cada cavadela, cada minhoca: continuam as "mortes" misterosas registadas no sistema SICO-DGS, e que não se explicam pela informação oficial diária sobre a covid-19. Agora, falemos dos "velhinhos, muito velhinhos", os mais vulnerável ao SARS-CoV-2.
Segundo os dados dos boletins diários da DGS, terão morrido por covid, entre os dias 1 e 9 de Maio, 82 pessoas com mais de 80 anos, o que dá uma média de 9 por dia. Ora, mesmo que todos estes tivessem mais de 85 anos (para ser mais fácil a comparação), então dever-se-ia explicar a mortandade que grassa pelos mais idosos. Com efeito, nos primeiros nove dias de Maio (com a covid supostamente a "retrair") morreram 1259 pessoas com mais de 85 anos, dando uma média diária de 140. Nos últimos seis anos, em igual período, morreram 112 pessoas desta faixa etária (112 por dia). Uma diferença de 254 óbitos, dos quais, no máximo, 82 são explicadas pela covid (no pressuposto de que todos os falecidos com mais de 80 anos teriam, na verdade, mais de 85).
Enfim, tanto confinamento para salvar os idosos da covid, e afinal continuam a "cair" muito mais do que seria suposto. E não se sabe de quê. Mas a DGS tem obrigação de saber e de nos dizer, e tentar encontrar uma solução. Caso contrário, convém então saber para quê foi tudo isto...

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