sábado, 9 de janeiro de 2021

DA COVID QUE ESCONDE TUDO O RESTO

Seria muito interessante que o Governo divulgasse as mortes por covid em cada distrito, porque de repente, nestes dias de frio de início de Janeiro de 2021, está tudo baralhado, sobretudo quando se olha para o que aconteceu em Dezembro. 

No Alentejo, nos primeiros oito dias de 2021 registam-se acréscmos de óbitos superior a 60% (face à média). Isso não sucedeu em Dezembro, que incluiu o Natal. Nos distritos de Braga e Porto, particularmente flagelados em Dezembro, estão agora com aumentos mais modestos.

Em Lisboa, o distrito que regista mais mortes (maior população e elevada taxa de envelhecimento), nos primeiros oito dias de 2021 morreram 836 pessoas, contra uma média de 616. São 220 pessoas a mais no período; 28 pessoas a mais todos os dias. Morreram todas por covid? Que se anda a passar neste pobre país? Convinha esclarecer.

E sobretudo precaver. Temo que a onda de frio vá causar um morticínio durante os próximos dias (previsivelmente, hoje será mais um dia a superar os 500 óbitos), mas será ignorado. Desconfio que oficialmente não haverá excesso de mortes por doenças relacionadas com o frio (e por ausência de medidas), porque vai tudo parar à covid. O Governo já viu que o número de mortes por covid não lhe afecta a popularidade (pelo contrário, porque a Imprensa já tratou de culpabilizar os portugueses), pelo que sempre pode "turbinar" a contabilidade das vítimas da pandemia, de modo a eliminar na "secretaria" qualquer sinal de coplapso do SNS. O SARS-CoV-2, está visto, pode ser microscópico, mas tem as costas largas. E os portugueses vendas nos olhos.

Fonte: SICO-eVM


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