quarta-feira, 23 de setembro de 2020

DAS BOAS ACÇÕES QUE ENCHE O INFERNO OU DOS TESTES QUE VÃO DAR-NOS CASOS POSITIVOS MESMO SE O SARS-COV-2 DESAPARECER

Sua Excelência o doutor Francisco George, ex-director-geral da Saúde e actual presidente da depauperada Cruz Vermelha Portuguesa, anda em pulgas para convencer o Governo a usar 500.000 testes rápidos para usar em escolas e lares para dar resultados em 15 minutos. Se conseguir convencer o Governo, conseguirá a Cruz Vermelha obter financiamento internacional, presumo que com algum lucro.

A sensibilidade dos testes que a Cruz Vermelha quer impingir é de 93% e a especificidade de 99%. 

Usando este site, que calcula para os testes PCR a probabilidade de ocorrência de falsos positivos (e também das outras três possibilidades num teste), chega-se à conclusão que se se fizerem 43.971 testes (o número de testes realizados, segundo o Worldometers, em Portugal no dia 21 de Setembro) teríamos, com uma incidência da doença da ordem de 1% (é, na realidade, menos), 880 casos positivos, mas metade (440) seriam falsos positivos. Se todos estivessem assintomáticos era usar uma moeda para saber quais os que estavam e não estavam infectados.

Mas mais grave do que isso é verificar que se o SARS-CoV-2 deixar de existir (incidência = 0%), e portanto não houver possibilidade física de surgir qualquer infectado, os testes continuarão a dar casos positivos, obviamente falsos positivos. Por exemplo, não havendo mais doença se se fizerem 40 mil testes, descobrir-se-á, pasme-se, 400 casos positivos; falsos positivos, obviamente, sem necessidade de tomar sequer ben-u-ron, quanto mais irem parar, por causa da covid, ao hospital ou aos cuidados intensivos. Podem confirmar na imagem e no site (https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1808?fbclid), que pode ser usado para as simulações que se desejar.

Portanto, estamos reféns dos testes! Sobretudo se se continuar a testar sem critérios, de forma aleatória, e realizando-os mesmo em assintomáticos e não-suspeitos da doenças, apenas para alimentar a "indústria das zaragatoas".



Sem comentários:

Enviar um comentário